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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Cantos de Sereia

Há coisas que não se explicam, elas são.
São misturas estranhas, feitas de gente, doçura e distância.
Há coisas que sempre estiveram ali bastou o universo se movimentar.
Bastou sentir o ar e o coração acelerar.
Bastou sentir o gosto e o sorriso repleto de muitos outros sorrisos.
Há medo, mas quem explica seguir mesmo assim?
Quem pode explicar o quanto coube em um abraço?
Quem pode explicar o que faz tanta falta?
As loucuras de alguém, que ninguém sabe que é insano.
Desatinos da imperfeição.
Perfeitas horas de bem-querer, bem mais do que se quer.
Insanas carências disfarçadas de culpa.
Impiedosas doses de saudade e ausência.
Na noite, dormir com a lembrança e acordar feliz.
A memória aprovou cada detalhe.
Há coisas que sempre estiveram ali no ar da tarde,
no café,
na barra de chocolate,
no compasso do dia-a-dia.
No desencontro,
nas metáforicas coreografias dos olhos,
na música escolhida para ser tema de uma história.
E naquele não que na verdade é sim.
Existem coisas que são e se encontram nos tais movimentos que o universo faz.
Não chegam no vento,
ou por intermédio de alguém,
nem tão pouco aparecem do nada.
Sempre estiveram ali sendo atraidas até seu destino.
Não se explicam, são "cantos de sereia" que inebriam a gente.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Conquista

Me faço em versos para, quem sabe, libertar o tempo.
São desses ventos que preciso tanto,
os que corram rápido e me façam pássaro.
Quero o ar e as coisas leves,
nuvens e garoa nas tardes quentes.
Suco gelado e pés no chão.
São coisas apressadas que tenho,
chegam e querem ir,
são turbilhões de risos e lágrimas,
são confusões e confissões,
são esperanças de se ter asas para chegar mais cedo.
Um abrir de braços para o que veio assim, arrebatado.
Desisti da luta inglória,
das falsas vitórias que só duram uma manhã.
Do trânsito de palavras e do trajeto que aprendi.
Vai tempo e volte aqui.
Vai tempo varrer o resto das folhas amareladas dos poemas de outono.
Quero sol e uma janela com vento...
Quero a pressa que há na ânsia dos olhos,
em ver de perto o que mais ama.

*Obra publicada na Antologia Poética Sentido Inverso- Editora Andross