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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Esperando a primavera

A vida é assim um vai e vem de coisas e pessoas,
remexem a nossa terra, é um chove, seca, chove, seca sem fim
que vento ajuda nessas horas...

Bate brisa na cara da gente e passamos a reparar
em passarinhos e em suas pequenas asas,
a gente voa por dentro...

Vida é assim uma aragem,
que separa a terra boa da ruim,
senão mistura tudo e joga-se a semente.

Por certo plantou-se esperança,
e passamos a reparar no broto porque a  rega é a espera.

E depois, reparamos na folha,
que um dia se vai, seca e cai...mas antes disso,
tem a flor, que é um jeito da vida pedir desculpas por tanto "bem-me-quer",
"mal-me-quer" que desfolhamos.

domingo, 15 de setembro de 2013

Nós duas

Somos duas...

Uma é nobre e gentil,
de fé, de força e sentido,
filha da poesia,
costurada de encantos,
quase cria da perfeição.

A outra é grosseira e vil,
tecida de cicatrizes,
sempre na corda bamba,
só viva porque respira,
dada a improváveis,
sina da degradação.

Somos uma, sempre em duas.

Sempre em luta,
ora ganha a que é terna,
ora não.

Fico com elas,
e no mais bélico enfrentamento, cochicho com Deus...






domingo, 1 de setembro de 2013

Argumento

De quem é a culpa dos meus pés ou do caminho?
Só sei que devo esgotar agora todas as tentativas,
deixar-me vazar, cumprir a sina de ver escoar a última gota no "sangradouro",
deitar por terra os cestos vazios.

Ando de memória entulhada, um excesso de lembranças, um acúmulo de exageros,
uma medida de sensatez e o dobro de insanidade,
faço mistura e alimento desse tanto,
mas os cestos seguem vazios.

Viver não basta, ter os dias aprisionados no calendário,
e as horas num relógio não fazem vida,
este não é o meu respirar,
ver ano passando,
década acabando,
e o tempo em movimento contínuo tecendo o fim das coisas.

Não acabei ainda, me sobraram os cestos, são meus,
se meus pés andam equivocados,
dou a eles novos caminhos,
novos passos,
é trajetória de um só, por isso vou sozinha, mas eu volto,
eu volto, com os cestos cheios.