Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Abri nova página, para quem sabe falar algo novo. Só percebo um anseio imperativo de escrever, confesso sem tema, nem poema. Não sei bem o que me guia agora. Tenho uma miopia encantada das coisas, acho que  me visto de poeta para não ficar com a palavra.
Poetas querem na verdade se livrar delas, missão quem sabe, carregá-las. Por vezes um fardo, por vezes fazem desabrochar, fazem chorar à toa, fazem doer um pouco, fazem bagunça no dia da gente. Mas poetas podem, são seres quase elficos, com permissão para  falar...
E os que não são? tem as palavras em matéria bruta, ainda por lapidar, há de se ter cuidado na fala, podem vir tão lúcidas que quebram o encanto do outro, desvestem afeto, tiram a paz, deformam  por dentro.
Não basta falar somente, por isso são entregues aos poetas, guardadores fiéis...tranformam feio em bonito, sem nada tirar da verdade. Poetas são pontes entre os que querem ser ouvidos.
Um conselho vai: tenha o seu!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Aguarde sua vez!

Não sou nada incomum,
vivo das coisas que sei,
cravejada de angustias,
marejando de saudade,
fabricando calma, diariamente.
Disfarço minhas fragilidades construindo muros,
quem chega,
chega devagar.
Aceito melhor os sofrimentos,
as perdas,
aprendendo a recolher-me sempre.
Bem-vindos são,
mas venham com jeito,
os desencontros complicam a vida.
Embora pareça frágil,
de vidro fino,
quebradiço,
Diariamente também,
me fortaleço com os insucessos,
me aceito comum,
não bebo,
não fumo,
não falo "palavrão",
não durmo tarde,
não exagero em nada.
Não sei mesmo se isso me faz bem,
mas sei bem,
quando me faz mal.
Sei-me assim,
sem muito alarde,
imprecisa,
passional,
ciumenta,
Não há quem me corrija o coração, quando amo.
Sempre lamento minha pressa,
por isso vou devagar,
observando bem,
não me obrigo mais,
me abrigo.
Sou viceral.



 






sábado, 10 de abril de 2010

Uma coisa ou outra

Passagem rápida pelo papel,
sem muita obrigação da palavra,
sem muita pretensão de verso, sem nenhuma angustia poética, só registro.
Só para sondar, levemente,
no fundo, no fundo para saber,
ver mesmo se continuam  comigo,
mesmo nos dias vazios,
imprecisos,
só para saber,
espiar,
se continuam comigo,
os versos...
Na "pena" do poeta, "com pena" do poeta!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"en hora buena"

Vi nela, nas ruas e nas janelas,
o preço da dor e da elegância.
Cidade sem crianças, pais sem seus herdeiros,
mães gritando nas praças,
voz de quem passa...
Vi ensaios e devaneios,
nos passos do tango,
na graça,
na taça de vinho,
na mesa da festa.
Café com desenhos,
muros coloridos,
gente que também pede esmola.
Demora entender que é sofrido
o tremular da bandeira,
como se fizesse um pedido,
um apelo aos que recebe em seu solo.
É lindo o entardecer...
São parques abrigando a história,
casas,
ruas,
vi cenas nuas também.
Gente dormindo nas calçadas,
o frio batendo nas costas,
mesmo na Florida.
Vi a fé azul e amarela,
no gramado,
nas cadeiras,
no pé encantado,
na memória dos gols.
É lindo ver a avenida de luzes,
a noite,
ninguém diz,
o que revela-se na luz,
no dia,
na crua transparência das ruas.
Cidade fantástica,
regada a romance,
não nego, é linda.






é linda...