Quem sou eu

Minha foto
Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

2013

Os desusos deste tempo, não reúnem mais os justos,
esses, de esperança e boa fé.
Os fiapos de humanidade, vão-se entre os dedos,
as mãos não seguram mais outra mão,
nem os olhos se banham por nada,
e piedade é, quem sabe,  só uma "ressaca de outra festa"...

Vemos um "bando de condenados" sobrevivendo aos dias maus,
tratando suas feriadas,
"enterrando suas perdas",
seguindo pelo caminho...

Carecemos de uma vida possível,
um tanto de fé.
Nos devem, mas também devemos, e não fomos criados para sucumbir.

A força é pouca, sabemos,
mas ser manso,
pacificador,
justo,
perdoador,
pode não ser "luz"  para os cegos,
mas há de construir um legado, uma história.

O dias são maus, mas acredito em futuro,
em renovo,
quisera trazer de volta todos os que foram ceifados cedo demais desta existência, mas é
alquimia que não existe.

Que o mal deste século, não nos empeça de secar nossas lágrimas,
que o nó na garganta seja desfeito,
que nos volte a voz,
que tenhamos piedade de nós,
dos outros.

Há vida e, se pulsam as veias do pescoço no alvoroço dos dias,
há de pulsar nosso coração  por aquilo que ninguém mais acredita...







sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Compasso

Na aridez do caminho,
paisagem seca,
gente avessa,
falta de passo.

Na vastidão da alma,
coração e cabeça,
em desencanto,
provisoriamente abatidos.

Na incerteza da vida,
vou tragando a memória das coisas,
quem sabe lembrar me fertiliza,
faz aragem,
me encanta outra vez.

Não sei.
e, não sei é só a certeza que tenho.

Não sei, nasci para a poesia, e minha sina
é rabiscar papel,
coisa que faço sempre,
agora também.

Na aridez, na vastidão, na incerteza,
até palavra me falta,
por isso escrevo,
para tomar as rédeas,
porque no  meio  das palavras me perco,
mas também é no meio delas que eu me acho.