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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O dia seguinte

A gente confia no que sabe, no que aprendeu, no que entendeu.
Confia na razão das atitudes, no olhar constrangedor, que arranca obediência, mas nos dilacera o choro.
A gente confia na teoria dos livros, nas teses e estudos, nos conselhos, nos amigos...
Tem dias que tudo dá certo, mansidão, abraços e calmaria, tem dias que não, e nesses de mar revolto dá até para  pensar que estamos sós e que será assim.
A gente confia em ventos melhores, em dia de sol, em "porto seguro", ansiosamente, esperando pelo amanhecer.
A gente espera que o dia seguinte seja, mágicamente, transformado em horas mágicas de bem-estar e alegria, e começa a pensar que não é nada fácil, mas que seria.
A gente confia em super poderes (nos nossos!) e aí descobre que o destino será o chão!
E descobre que sempre será o chão.
No chão de joelhos dobrados, de mãos entrelaçadas e de coração rendido.
Tentando fazer uma oração,
ter uma conversa,
pedir ajuda,
preservar o silêncio.
Receber do céu, o "Maná" de hoje, confiando que amanhã seremos supridos outra vez.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Quem derá eu tivesse mãos boas para ajudar,
estes pés, não sabem caminhos certos,
me fazem tropeçar.

Quem derá eu pudesse ouvir e fazer,
saber quem fala comigo,
da cruz,
da luz,
do perdão.

Quem derá eu viesse em paz,
sem bélicas intenções,
de alma liberta,
de mãos dedicadas,
de vez, eu viesse.

Quem derá eu quisesse o bem ter comigo,
não sei,
não consigo,
sem Ti não consigo.

Provei.

Quem derá em Teu abraço,
pousar meu cansaço,
deixar minhas queixas,
quem sabe ficar.

Eu sei.

Quem derá orar...

Porção

 ...e ainda temos tanto pela frente, (nas minhas contas).
não sei se ouso reclamar, dos meus cansaços.
teimosa que sou,
nem sempre me dou por vencida,
insisto,
mas tão rápido desisto.
Temos culpa.
Culpa proverbial mesmo,
há coisas que atropelam a gente,
a gente deixa,
não dá passagem,
fica na frente.
A gente,
ouve palavras que são feito estiletes, rasgam tanto que sobram só os farrapos, mas a gente ouve.
Não dá para se desconectar da vida,
mas dá vontade as vezes.
Nem sempre dá para saber sobre o que é melhor falar.
A gente tenta, com a poesia,
com o silêncio,
com o jeito de ser,
como sabemos.
Mesmo assim a culpa existe,
e nem é culpa nossa, se faltou palavra,
se faltou paciência,
se faltou amor.
Mas é culpa nossa quando falta vontade, e falta.
A gente vai se diluindo pelos dias,
perdendo o paladar,
deixando de dar sabor,
ninguém mais sabe que gosto tínhamos.
Nem nós que gosto dávamos.
Não salgamos mais,
ninguém mais sente a doçura em nós.
Não somos mais sápidos o bastante.
A gente perde a noção do que de fato importa.
Saber temperar a vida...
Nem pouco, nem muito,
para ficar e deixar satisfeitos a nós,
aos outros...