Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Lágrima, é quando a sua alma é espremida como um limão pequeno,
tem suco, mas precisa de outro e outro e outro,
para um tanto que mate a sede.
 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Carnaval

...em linhas de ouro,
costuro palavras lantejoulas,
Escuro.
Noite a dentro,
ensaiando,
passo a passo.
...me fantasio de poetisa, e vou ao som das batidas do meu coração.
Me tranquei em casa.
Meu carnaval é com as palavras, que agora desfilam para mim!

domingo, 22 de fevereiro de 2009


Aproveito as hora da manhã para existir em paz.
Enquanto parte de mim ainda dorme,
enquanto está quieta.
Desperta, invade o que achei ter dominado,
o conviveo com o oposto,
a contradição, meu outro lado.
Esse que todos tem.
Agora, posso sentir o ar,
gostar da solidão,
tomar um café comigo.
Ler o livro estanque na estante há dias...
Ler a página que quiser, sem a obrigação da ordem.
Sortear uma palavra nele,
alimentar minha vontade de contar quem sou,
do que gosto,
do que não.
Me eternizar.
Pretendo que muitos venham comigo.
Não sou de ficar sozinha.
Este é só um instante, mas vou sorvendo a brandura,
o jardim regado que me faço agora.
Só um instante no universo que sou, entre as partes que sou.
Entre nós duas.
Eu e eu.
Falo de mim, da sensação de sorriso.
Da parceria com o silêncio.
Fico reparando no que nunca paro para ver.
O quanto sou semelhante aos meus.
O quanto são meus.
Descobri que sei rir de mim.
E que gavetas são ingratas,
muitas desnecessárias,
o que fica em gavetas já está morto.
E pretendo vida, muita vida.
Tirar tudo das gavetas, das muitas que tenho.
Entrada e saída, estão no mesmo lugar, aqui,
só há uma porta para as duas coisas.
Vai ou fica.
Eu sempre fico.
Não tenho que sair.
Descobri que nada termina, só pára,
não há borracha que apague um começo,
há, a continuação de onde se parou...
Seguir, a partir daquelas pausas que damos,
para tomar uma água,
um ar,
dar uma volta lá fora, pela vida.
Temos controle sobre o recomeço, nunca sobre o que foi.
é quando precisamos sair,
por que entramos.
Gavetas são para coisas que sepultamos, que fiquem fechadas.
Descobri isso hoje!
E por que não uma foto minha?
Lá vai.
Era comigo que eu estava até agora.
Não tenho cores nesta manhã, mas tenho um sorriso.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ela!


... das dela!

Me olhou, reparando mesmo.
Imaginei: "lá vem!"
" Mamãe!" ...e uma pausa bastante reflexiva da altura do seus sábios 4 anos...
"Por que Deus fez você assim, cheia de bolinhas?"

Tenho sardas, ela não!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

The end

Não sabíamos,
até o dia que descobrimos,
que o amor não habita seres inacabados.
Está na vontade, na disposição, na dimensão do desejo.
No que se quer muito.
Posto que é de "lutas" há de ser dos fortes.
Frágeis não amam bem, precisam de lógica.
Nunca saberíamos que somos frágeis,
até que um dia não explicamos nem quando, nem como.
E, fomos arrebatados.
Encaramos ou fugimos.
Amar não se entende na esfera da razão.
É loucura e avesso.
Nunca sabemos que formato terá,
nem se chegou em tempo.
Amor é para quem tem coragem,
não de estar com alguém,
mas de ser de alguém.
Ser na alma, não no mome.
Ser de perto e de longe também.
De viver no outro, sem trancas nas portas.
Com saudade o bastante no café-da-manhã.
De não se envaidecer,
nem adoecer, por falta de paz.
Somos frágeis demais para esse tipo de amor.
Não nos deixamos amar como convém.
Nunca soubemos, antes de amar,
que ele pode acabar,
se vai e muda de corpo,
de mente,
de coração.
Até que um dia ele não está mais ali,
se foi meio em silêncio,
ficamos sem brindar a mais nada,
sem comemorações,
sem o outro.
Voltamos a ser frágeis,
tentando explicar as razões do fim,
não boas razões, mas as ruins.
E vivemos um tempo entre elas, razões.
Talvez seja o exercício de ir e vir...
Não sabíamos.
Não sabemos.
Como estará o amor amanhã?
Se não for agora, pode não haver mais tempo.
E de novo,
vamos tentar passar a limpo a história,
desta vez,
quem sabe, com um final feliz.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Emaranhado

Encaramos o sol.
Nós que de quando em quando, sugamos da noite o breu.
Encaramos o gosto adocicado de uma fruta,mesmo quando nos viciamos do salgado da lágrima.
Encaramos a trama dos fios que somos feitos,mesmo quando, fracos, nos remendamos.
Mesmo quando limpos, nos lavamos.
Mesmo quando mansos, nos revoltamos.
Encaramos o desvio das coisas, mesmo quando amamos.
Nós que de quando em quando, ainda fazemos confissões para paredes.
Encaramos os anos, mesmo quando demoram a chegar,mesmo quando não haja mais tempo.
Encaramos a nós mesmos, na silenciosa alquimia do confronto,mesmo sabendo, que desse encontro, não há quem nos redima.
Encaramos o não, mesmo quando nos revestimos de aceitação.
E temos, o coração em muitos pequenos novelos,até mesmo, quando são todos desfiados juntos, encaramos os nós,
e de novo,
nos refazemos.
Nós que somos assim.


*concorrendo no Talentos - concurso digital de poesias-2009