Quem sou eu

Minha foto
Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Falo pouco, e tudo que não falo faço.
Tão certo que vem,
e quando chegar não quero licença.
Vontade aparece,
vira labor,
vou doutrinando o trajeto que ela me dá.
Vou desdobrada para o que posso,
o que não posso não dói mais, mas tenho meus queixumes.
Descanso.
Falo pouco, mas tenho minha vez,
e de quando em quando a palavra me afronta.
Falo bonito.
Então, fica e acredita!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dois lados

Me dou a palavra.
nasceu essa cisma,
na ponta da língua equilibrando-se,
carregando a suspeita de que há algo a dizer.
Me aperta o peito,
na garganta um nó,
onde se viu viver essa ansia?
E não passa,
não repousa,
não descansa.
Me dou a palavra,
chega a ser sofreguidão,
vai tragando,
sorvendo mesmo...
Rendida,
escrevo.
O que sou por fora tem que fazer sentido por dentro.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Leveza

Escapa-me a vontade,
esta que me apego tanto.
Sei do finito tempo, sei mesmo.
Tempo que me concebe,
que me consome,
que me incita correções.
Dissipa-se  a perfeição,
essa que me encanta tanto.
E suponho,
ser isso meu alvo,
trajeto insano,
mal maior.
Caio e me levanto,
torno a cair.
Tamanho peso me dou,
todas as vezes,
nunca estou pronta,
vou de  retoques.
E, neles, mesmo neles,
nunca estou pronta.
Que desamparo ser racional!
Quem sabe me darei a atender os impulsos da minha própria alma?
Quem sabe, com atenção,
encontre beleza em rascunhos!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poesia à moda

....sigo hoje, temperada com lembranças, salgando no cair das lágrimas.

Razão

Foi-se a noite, diluída em sono e silêncio.
Sonhei sorrisos para minha boca,
destinos para os meus pés,
descanso para minha alma indócil.
Fiz dementar-me apenas,
sou, brutalmente,  realista de olhos postos em tudo.
Não me dou delírios,
me alimento de infinitos,
sigo sempre desfeita, posto que tudo acaba.
Foi-se a noite, cumpriu sua sina,
plantar sonhos.
Amanheço sem colheita,
não sei,
quem sabe eu não seja terra fértil...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Líquido dos sábios 2

Gotejando, sou feito náufrago nesta vastidão.
Sou maior do que as medidas que me dou.
Fico maior "enfeitiçada" de saudade,
dessas impossíveis...
Minhas tardes rego a café, todas, sempre.
Café á toa...
Com os dedos fico escrevendo no ar,
palavras,
frases,
tenho livros inteiros feitos de vento...
Mania minha.
"Pra"  pensar, seguro o queixo com a mão esquerda.
Com as duas mãos (em concha) faço bolas de sabão sem ninguém ver...
Não tenho tamanho,
sou bem maior do que as medidas que me dão...
Saudade e  reflexão,
açúcar para meu café de hoje.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ao pé do ouvido

Suave e bela me veio a palavra.
Cochichou verdade.
Me fiz peregrina,
me vi pequenina,
tecendo remendos neste coração.
Amanheceu, teve sol
ele veio para justos e injustos.
Custou varrer a alma,
veio cansaço,
veio descaso.
Foi ousadia demais,
burlar minha paz memória insolente,
me fez encarar a dor e a cura,
a lágrima e a alegria,
o pão e a falta dele.
Olhei cada cicatriz,
que um dia foi ferida,
que um dia foi escolha.
Vi as gentes da janela,
reparei na rua.
Na rua, reparei no rosto,
no rosto,
reparei nos olhos.
Se forem bons todo o corpo será.
Cochicho inquietante este...
.

domingo, 2 de janeiro de 2011

2 de janeiro

Sem promessas.
Passadas as comemorações, no coração fica apenas o desejo de mais vida. Com a vinda do tempo, a  gente se "blinda" das coisas que prometemos e das que nos prometem. Ficam na memória, vagando sempre.
Sem promessas, mas de bom grado quero "embalar o rebento" neste segundo dia do novo ano.  Hoje, quando não há mais nada a comemorar e a mente fica quieta dos "barulhos" natalinos, dos prenúncios do ano novo.
Hoje, mais libertos de laços, embrulhos, brindes...conseguimos ouvir melhor o coração e, confesso, a única coisa que ficou foi um forte desejo.
A ninguém prometo nada de ninguém "abrigarei" promessas, quem sabe de alma melhorada não sejam possíveis algumas realizações.
Quem sabe, de olhos úmidos, passemos a ver melhor outros caminhos, outras necessidades, outras "belezas" (outras belezas sim, já que minha fé nas pessoas vai mais além da forma, que se transforma com o tempo, há de se "esculpir" outras belezas, ter alma, mente e corpo como legado, tendo a certeza da "efemeridade" do corpo, o cuidado em alimentar a mente e o prazer em compartilhar a alma).
Quem sabe, aprimoremos o "como queremos ser vistos" já que todos entregamos uma mensagem, vale o balanço da colheita de ano que se foi, para quem sabe, plantar-se outra semente, não melhor, apenas outra.
Quem sabe, para quem tem filhos, crescer com eles e em outros momentos ser como eles, quem sabe aprender a "entender" mesmo o valor do beijo dado em tempo e fora de tempo.
Quem sabe, novas crianças...
Quem sabe pendurar no cabide uma roupa mais colorida,  ousadia na medida para muitos  que são como eu monocromática.
Quem sabe na troca dos presentes ganhos, vibre em nós a vontade de dividir, doar...
Quem sabe amanhã, após o sono, o sonho tenhamos um despertar mais "afinado" com aquilo que queremos.
Quem sabe nos amem pelo o que somos de verdade, quem sabe amemos assim também.
(...ainda em confissão, o ano novo entrou e no primeiro dia dele havia gente "pedindo ajuda" na rua, criança doente e quem sabe, na sacola daquele casal nenhuma possibilidade para os próximos dias do ano que apenas começa.
...no mesmo dia, vi também gente com a mesa farta e cestos cheios!)
Quem sabe, quem sabe...seja o fim da compra e venda da moral desta nação. (...me falta fé, mas tenho este desejo!)
Quem sabe a gente caminhe...
Quem sabe como serão esses dias por vir, ninguém saberá, mas estamos neles!
Desejo então, que continuemos...