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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

domingo, 2 de janeiro de 2011

2 de janeiro

Sem promessas.
Passadas as comemorações, no coração fica apenas o desejo de mais vida. Com a vinda do tempo, a  gente se "blinda" das coisas que prometemos e das que nos prometem. Ficam na memória, vagando sempre.
Sem promessas, mas de bom grado quero "embalar o rebento" neste segundo dia do novo ano.  Hoje, quando não há mais nada a comemorar e a mente fica quieta dos "barulhos" natalinos, dos prenúncios do ano novo.
Hoje, mais libertos de laços, embrulhos, brindes...conseguimos ouvir melhor o coração e, confesso, a única coisa que ficou foi um forte desejo.
A ninguém prometo nada de ninguém "abrigarei" promessas, quem sabe de alma melhorada não sejam possíveis algumas realizações.
Quem sabe, de olhos úmidos, passemos a ver melhor outros caminhos, outras necessidades, outras "belezas" (outras belezas sim, já que minha fé nas pessoas vai mais além da forma, que se transforma com o tempo, há de se "esculpir" outras belezas, ter alma, mente e corpo como legado, tendo a certeza da "efemeridade" do corpo, o cuidado em alimentar a mente e o prazer em compartilhar a alma).
Quem sabe, aprimoremos o "como queremos ser vistos" já que todos entregamos uma mensagem, vale o balanço da colheita de ano que se foi, para quem sabe, plantar-se outra semente, não melhor, apenas outra.
Quem sabe, para quem tem filhos, crescer com eles e em outros momentos ser como eles, quem sabe aprender a "entender" mesmo o valor do beijo dado em tempo e fora de tempo.
Quem sabe, novas crianças...
Quem sabe pendurar no cabide uma roupa mais colorida,  ousadia na medida para muitos  que são como eu monocromática.
Quem sabe na troca dos presentes ganhos, vibre em nós a vontade de dividir, doar...
Quem sabe amanhã, após o sono, o sonho tenhamos um despertar mais "afinado" com aquilo que queremos.
Quem sabe nos amem pelo o que somos de verdade, quem sabe amemos assim também.
(...ainda em confissão, o ano novo entrou e no primeiro dia dele havia gente "pedindo ajuda" na rua, criança doente e quem sabe, na sacola daquele casal nenhuma possibilidade para os próximos dias do ano que apenas começa.
...no mesmo dia, vi também gente com a mesa farta e cestos cheios!)
Quem sabe, quem sabe...seja o fim da compra e venda da moral desta nação. (...me falta fé, mas tenho este desejo!)
Quem sabe a gente caminhe...
Quem sabe como serão esses dias por vir, ninguém saberá, mas estamos neles!
Desejo então, que continuemos...

Um comentário:

  1. Que bom ler tão certeiras palavras já no segundo dia do ano!!

    Parabéns, seu texto além de encantador é convincente!

    Abraços e feliz ano novo!

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