Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Essencial

Despretenciosa sem comparações,
busco nas palavras o desejo de reluzir, já que me apago de medos.
Não penso mais no mágico, mas no que é deste dia.
No outro dia, nada de mágico.
Busco a coragem renascida, refeita, um remendo na parte mais dolorida de mim.
Tenho algemas que ninguém pode ver e pensam que sou livre.
Diariamente domesticar a sensação de inexistencia,
acatar às ordens de um grito imaginário,
e não se aquietar.
Busco sentir-me batizada todas as manhã, agradecer e seguir, plena de eternidade.
Não sei mais correr, me canso e me vejo entregue e mais um passo, calmamente.
Do insólito ao rígido confronto: viver.
Busco entender,
e penso,
no honroso saber que meu coração guarda,
no que aprendi a pouco,
no que nem sabia que estavam ensinando.
Meu verbo principal é conhecer.
A mim,
aos outros,
aos muitos rostos que ainda nem imagino existir.
Busco passar por aqui sem alardes.
Que eu possa resignificar o que sou.
Ocupadíssima, sempre, com a missão de ter fé.

* concorrendo no Concurso Literário Livraria Asabeça - resultado em 2009

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Socorro

Que doçura me vai pela alma?
Vejo que contarditória é essa "senhora".
Alma minha, dona das forças e das amarguras.
Que doçura pode haver em sempre estar insegura?
Trajetórias isoladas.
Retornos festivos.
Contraditória "senhora".
Expõe o mal que se converte em bem,
que quando cansada, olha para o alto,
que quando aflita, olha para o alto,
que quando triste se faz em deserto, e olha para o alto,
que nas injustiças intui verdades e olha para o alto,
que nos extremos de humanidade,
que nas sobriedade dos diálogos da madrugada, olha para o alto.
Que doçura pode haver em tão grande desavença?
"Se o mal que não quero faço e bem que deveria fazer, não faço?"
Mas embora tão contrária a si mesma, olha para o alto.
Pois não conhece o que não vive.
Há riscos e nada é seguro, exceto, se olha para o alto.
Há luz no rosto, se há luz na alma.
Há dor no rosto se ela dói também.
Verdades incontestáveis.
Na imprevisão de seus movimentos, olha para o alto.
Na tentativa de perenizar o que vive, enverniza sentimentos.
Mas acaba, se vai, esvanece e passa.
Alma doce, diante de tantos nostálgicos momentos de virtude,
e tantos outros declínios, somente,
se continuar olhando para o alto.