Permita-me a palavra,
em torno do meu coração,
dizer, com poucas do amor.
Desse inesperado,
que quando me basta o silêncio encaro com doçura.
A solidão de alguns dias desconcerta um pouco,
traz um sentimento urgente de presença,
e vai-se por dentro, inventando verdades, que são mentiras que contamos pra gente,
e a saudade passa a ser o alimento em excesso.
As coisas acontecem lá fora,
mas acontecem dentro de nós também,
Eu acredito no amor,
que chega na calmaria ou no atropelo,
e porque eu acredito, ele existe!
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
sábado, 31 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Sou eu.
Em boa cor,
de barro sou,
me moldo,
e no formato dele é que existe o seu valor.
Sou vaso que carrega a flor.
Adorno que quis pra mim.
Em tempo que despetalava,
marquei meu passo,
com fragilidade,
na brevidade da existência,
enquanto durar meus dias.
Na pele, feito papel.
Em tempos sem cuidados,
uma flor sobreviveu,
levo comigo,
ando com ela,
e sempre que reparo no contorno,
me lembro de reflorescer...
Em boa cor,
de barro sou,
me moldo,
e no formato dele é que existe o seu valor.
Sou vaso que carrega a flor.
Adorno que quis pra mim.
Em tempo que despetalava,
marquei meu passo,
com fragilidade,
na brevidade da existência,
enquanto durar meus dias.
Na pele, feito papel.
Em tempos sem cuidados,
uma flor sobreviveu,
levo comigo,
ando com ela,
e sempre que reparo no contorno,
me lembro de reflorescer...
terça-feira, 20 de julho de 2010
BREVE
Ando insone,
insolente,
insossa um tanto...
Ando encarando a idade,
minhas maldades que penso,
no pouco perdão, quem sabe
no pouquíssimo perdão.
Ando contemporânea demais,
portando futuros,
deixando minha época,
desperdiçando o passado.
Ando imprópria, sempre andei.
Sei-me repentina,
a céu aberto,
ando de remissões e culpa,
ora de redenção.
Ando assim na minha humanidade...
insolente,
insossa um tanto...
Ando encarando a idade,
minhas maldades que penso,
no pouco perdão, quem sabe
no pouquíssimo perdão.
Ando contemporânea demais,
portando futuros,
deixando minha época,
desperdiçando o passado.
Ando imprópria, sempre andei.
Sei-me repentina,
a céu aberto,
ando de remissões e culpa,
ora de redenção.
Ando assim na minha humanidade...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
No pé da cruz
Tem dias, não sei, quero explicar minhas razões.
Dizer que tempero dou a vida,
que conversas tenho no fim da noite,
como dissolvo minhas angustias.
Não nego sou eu.
Reticente,
limitada,
feita de improvisos.
Mas meu coração arde sim,
quando posso,
livremente,
entre acertos e desacertos,
confessar quem sou.
Ainda me assusta tanto o julgamento,
cara a cara sem disfarces.
Inconfessável será,
posto que sou incerteza.
Me consola que ELE sabe, mas não me inocenta de mim.
Não nego sou eu.
Perdão me sobe aos lábios,
Se quiser e se puder,
continuam a me entender,
pois a paz que as vezes sinto é engano.
De fato, estou em guerra,
sempre,
quase sempre.
Dizer que tempero dou a vida,
que conversas tenho no fim da noite,
como dissolvo minhas angustias.
Não nego sou eu.
Reticente,
limitada,
feita de improvisos.
Mas meu coração arde sim,
quando posso,
livremente,
entre acertos e desacertos,
confessar quem sou.
Ainda me assusta tanto o julgamento,
cara a cara sem disfarces.
Inconfessável será,
posto que sou incerteza.
Me consola que ELE sabe, mas não me inocenta de mim.
Não nego sou eu.
Perdão me sobe aos lábios,
Se quiser e se puder,
continuam a me entender,
pois a paz que as vezes sinto é engano.
De fato, estou em guerra,
sempre,
quase sempre.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Sai pra ver um pouco lá fora,
havia promessa de boa colheita,
paisagem de pele lisa, revelando novo tempo.
Prenúncio de alma cheia.
Um clamor solitário.
Meu fôlego acabou.
Lá fora, pão.
Cestos cheios.
Mesa farta de perdão.
Sai pra ver um pouco o céu,
sonhar voos.
Tarde bonita,
sol em despedida,
hora boa para conversar...
Sei que falei palavras,
tantas delas aflitas,
outras em lágrimas,
outras não disse.
Na mesa farta de perdão,
se multiplicou a paz dos dias cansados,
ficou a certeza do recado divino:
Tudo se faz novo!
havia promessa de boa colheita,
paisagem de pele lisa, revelando novo tempo.
Prenúncio de alma cheia.
Um clamor solitário.
Meu fôlego acabou.
Lá fora, pão.
Cestos cheios.
Mesa farta de perdão.
Sai pra ver um pouco o céu,
sonhar voos.
Tarde bonita,
sol em despedida,
hora boa para conversar...
Sei que falei palavras,
tantas delas aflitas,
outras em lágrimas,
outras não disse.
Na mesa farta de perdão,
se multiplicou a paz dos dias cansados,
ficou a certeza do recado divino:
Tudo se faz novo!
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