O silêncio é necessário para não colher fruta verde.
Na fome das coisas, o barulho do vento e das vozes confunde o alimento.
Sempre se faz um esforço tamanho para escolher o que se quer mesmo.
Puxar uma cadeira, ou apagar a luz do quarto, olhar lá fora, calar-se,
ainda são "cestos" para colher pequenas coragens...
Mesmo assim, ainda assim, vou de alma inquieta em pleno silêncio!
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Ladainha
No meu desassossego,
me alimento de vontades.
Tantas delas, já sei serão, só isso.
(só vontades!)
E fico algum tempo vagando na pergunta litania,
" E se eu fosse...?"
A cada resposta "não sou", quero, de vez, tirar o elmo.
O óbvio é o meu mal.
Passa a noite e acordo na mesma fadiga.
Desassossego quase premonitório,
me sobram razões para esses remendos que faço,
faço o que posso com meus hiatos.
Vai ver é sina de poeta,
pensar,
pensar,
pensar...
Desassossegadamente!
me alimento de vontades.
Tantas delas, já sei serão, só isso.
(só vontades!)
E fico algum tempo vagando na pergunta litania,
" E se eu fosse...?"
A cada resposta "não sou", quero, de vez, tirar o elmo.
O óbvio é o meu mal.
Passa a noite e acordo na mesma fadiga.
Desassossego quase premonitório,
me sobram razões para esses remendos que faço,
faço o que posso com meus hiatos.
Vai ver é sina de poeta,
pensar,
pensar,
pensar...
Desassossegadamente!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
De vidro
Me vai um tremor que não se nota por fora,
desabo aqui dentro,
meu rosto é rubor,
meus olhos encharcam,
me calo sozinha no meio de tantos.
Mas grito aqui dentro e ouço, só eu.
Me dou sentimentos por caridade,
por pena de mim,
me sinto piedosa assim...
Não ouço esse chamado para ser igual e nem diferente,
ouço o chamado para me enfrentar.
Enfrentar o que não sou e aquilo que sou.
Não tenho resposta por sobreviver aos escombros,
e a lucidez por vezes me torna imprópria,
quem sabe me falte delírio para os improvisos,
mas é com a lucidez que me reconstruo.
desabo aqui dentro,
meu rosto é rubor,
meus olhos encharcam,
me calo sozinha no meio de tantos.
Mas grito aqui dentro e ouço, só eu.
Me dou sentimentos por caridade,
por pena de mim,
me sinto piedosa assim...
Não ouço esse chamado para ser igual e nem diferente,
ouço o chamado para me enfrentar.
Enfrentar o que não sou e aquilo que sou.
Não tenho resposta por sobreviver aos escombros,
e a lucidez por vezes me torna imprópria,
quem sabe me falte delírio para os improvisos,
mas é com a lucidez que me reconstruo.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Já sabemos...
Escolher a roupa e o jeito certo de andar,
a cor do batom e tom do perfume,
sabemos não desperdiçar palavras,
ouvimos com doçura um elogio,
descartamos com elegância um convite,
e sempre contaremos as calorias,
e sempre teremos espelhos,
e sempre iremos chorar de repente.
Já sabemos...
A solidão não é um corte na alma,
é um recomeço pra quase tudo.
Prezamos pelo conhecimento,
prezamos ser conhecidas.
Não precisamos mais provar nada em rodas de amigos.
Foi-se o tempo dessas provocações...
Já sabemos fazer as contas do que vale a pena,
sem grandes perdas,
já sabemos aceitar melhor os desafetos.
Teremos sempre momentos adolescentes,
sem culpa!
A voz, a pele, o toque ficaram mais amadurecidos,
e não é não.
Já sabemos...temos mais de 30.
Escolher a roupa e o jeito certo de andar,
a cor do batom e tom do perfume,
sabemos não desperdiçar palavras,
ouvimos com doçura um elogio,
descartamos com elegância um convite,
e sempre contaremos as calorias,
e sempre teremos espelhos,
e sempre iremos chorar de repente.
Já sabemos...
A solidão não é um corte na alma,
é um recomeço pra quase tudo.
Prezamos pelo conhecimento,
prezamos ser conhecidas.
Não precisamos mais provar nada em rodas de amigos.
Foi-se o tempo dessas provocações...
Já sabemos fazer as contas do que vale a pena,
sem grandes perdas,
já sabemos aceitar melhor os desafetos.
Teremos sempre momentos adolescentes,
sem culpa!
A voz, a pele, o toque ficaram mais amadurecidos,
e não é não.
Já sabemos...temos mais de 30.
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