Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Medo

O silêncio é necessário para não colher fruta verde.
Na fome das coisas, o barulho do vento e das vozes confunde o alimento.
Sempre se faz um esforço tamanho para escolher o que se quer mesmo.
Puxar uma cadeira, ou apagar a luz do quarto, olhar lá fora, calar-se,
ainda são "cestos" para colher pequenas coragens...
Mesmo assim, ainda assim, vou de alma inquieta em pleno silêncio!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ladainha

No meu desassossego,
me alimento de vontades.
Tantas delas, já sei serão, só isso.
(só vontades!)
E fico algum tempo vagando na pergunta litania,
" E se eu fosse...?"
A cada resposta "não sou", quero, de vez, tirar o elmo.
O óbvio é o meu mal.
Passa a noite e acordo na mesma fadiga.
Desassossego quase premonitório,
me sobram razões para esses remendos que faço,
faço o que posso com meus hiatos.
Vai ver é sina de poeta,
pensar,
pensar,
pensar...
Desassossegadamente!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

De vidro

Me vai um tremor que não se nota por fora,
desabo aqui dentro,
meu rosto é rubor,
meus olhos encharcam,
me calo sozinha no meio de tantos.
Mas grito aqui dentro e ouço, só eu.
Me dou sentimentos por caridade,
por pena de mim,
me sinto piedosa assim...
Não ouço esse chamado para ser igual e nem diferente,
ouço o chamado para me enfrentar.
Enfrentar o que não sou e aquilo que sou.
Não tenho resposta por sobreviver aos escombros,
e a lucidez por vezes me torna imprópria,
quem sabe me falte delírio para os improvisos,
mas é com a lucidez que me reconstruo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Já sabemos...
Escolher a roupa e o jeito certo de andar,
a cor do batom e tom do perfume,
sabemos não desperdiçar palavras,
ouvimos com doçura um elogio,
descartamos com elegância um convite,
e sempre contaremos as calorias,
e sempre teremos espelhos,
e sempre iremos chorar de repente.
Já sabemos...
A solidão não é um corte na alma,
é um recomeço pra quase tudo.
Prezamos pelo conhecimento,
prezamos ser conhecidas.
Não precisamos mais provar nada em rodas de amigos.
Foi-se o tempo dessas provocações...
Já sabemos fazer as contas do que vale a pena,
sem grandes perdas,
já sabemos aceitar melhor os desafetos.
Teremos sempre momentos adolescentes,
sem culpa!
A voz, a pele, o toque ficaram mais amadurecidos,
e não é não.
Já sabemos...temos mais de 30.