Desisto das explicações,
não são elas mais do que palavras entristecidas.
Dei-me a isso tanto e sempre que mesmo sem me perder, andava me procurando.
Desisto de dissecar o pensamento do outro,
basta que eu saiba,
passei a cultivar liberdade, ensaio meus voos com mais meditação,
ficou de lado o medo de deixar o chão.
Quem voa vê de cima,
reúne humanidade,
vê do alto sóbrios e loucos,
tímidos e ousados, quem deixa, quem rouba,
não me cabe explicar.
Pouso sempre, para irrigar a terra que sou,
com água viva, ainda estou nas sementes...
Desisto de todos, menos de mim, lugar onde vivo reparando brechas, arando a terra,
sonhando frutos.
Esvaziei meus cestos,
para enche-los outras vez!
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.