Tiro poeiras das gavetas, dessas tantas que tenho,
mas antes de me sufocar,
peço licença a vida,
densa vida.
Antes da minha condenação,
levanto bandeira,
e mereço atenção,
e me faço em palavra,
acordando tudo que habita minha alma...
Vira festa.
Dançam a mesma música, tola e sã,
santa e vã,
heroína e vilã,
porque tudo acordou na alma.
Antes da minha condenação,
tiro doçura lá do fundo,
e tenho gavetas ao montes ainda...
Alguma há de ter absolvição,
em poucas horas,
me vai a delicadeza,
a poesia que cultivo fechando os olhos.
No fim desta gaveta termino do jeito que sou,
achando sempre que é a minha última...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
segunda-feira, 26 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
Este mundo grande
Para seguir a vida, devo esculpir o lado ainda bruto que tenho,
me socorrer nas entranhas das coisas ainda avassaladoras,
transformar angustias em graça,
ficar bonita,
deixar o tempo á vontade para cumprir sua sina.
Para seguir a vida, devo ainda resistir,
aos meus porões,
aos meus escombros,
a tantas paixões.
É tarefa difícil,
dominar-se e,
manter olhos serenos enquanto piso a serpente.
Deixar-me vazar,
fluir,
escoar,
diluir.
Para seguir a vida,
ainda preciso me ver na pele de muitos,
dos que foram por caminhos que eu não teria a coragem de passar.
Para seguir a vida é preciso dar de cara com o mal,
sem covardia,
sem segredos,
sem desalojar o coração das mãos de Deus.
me socorrer nas entranhas das coisas ainda avassaladoras,
transformar angustias em graça,
ficar bonita,
deixar o tempo á vontade para cumprir sua sina.
Para seguir a vida, devo ainda resistir,
aos meus porões,
aos meus escombros,
a tantas paixões.
É tarefa difícil,
dominar-se e,
manter olhos serenos enquanto piso a serpente.
Deixar-me vazar,
fluir,
escoar,
diluir.
Para seguir a vida,
ainda preciso me ver na pele de muitos,
dos que foram por caminhos que eu não teria a coragem de passar.
Para seguir a vida é preciso dar de cara com o mal,
sem covardia,
sem segredos,
sem desalojar o coração das mãos de Deus.
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