Os desusos deste tempo, não reúnem mais os justos,
esses, de esperança e boa fé.
Os fiapos de humanidade, vão-se entre os dedos,
as mãos não seguram mais outra mão,
nem os olhos se banham por nada,
e piedade é, quem sabe, só uma "ressaca de outra festa"...
Vemos um "bando de condenados" sobrevivendo aos dias maus,
tratando suas feriadas,
"enterrando suas perdas",
seguindo pelo caminho...
Carecemos de uma vida possível,
um tanto de fé.
Nos devem, mas também devemos, e não fomos criados para sucumbir.
A força é pouca, sabemos,
mas ser manso,
pacificador,
justo,
perdoador,
pode não ser "luz" para os cegos,
mas há de construir um legado, uma história.
O dias são maus, mas acredito em futuro,
em renovo,
quisera trazer de volta todos os que foram ceifados cedo demais desta existência, mas é
alquimia que não existe.
Que o mal deste século, não nos empeça de secar nossas lágrimas,
que o nó na garganta seja desfeito,
que nos volte a voz,
que tenhamos piedade de nós,
dos outros.
Há vida e, se pulsam as veias do pescoço no alvoroço dos dias,
há de pulsar nosso coração por aquilo que ninguém mais acredita...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Compasso
Na aridez do caminho,
paisagem seca,
gente avessa,
falta de passo.
Na vastidão da alma,
coração e cabeça,
em desencanto,
provisoriamente abatidos.
Na incerteza da vida,
vou tragando a memória das coisas,
quem sabe lembrar me fertiliza,
faz aragem,
me encanta outra vez.
Não sei.
e, não sei é só a certeza que tenho.
Não sei, nasci para a poesia, e minha sina
é rabiscar papel,
coisa que faço sempre,
agora também.
Na aridez, na vastidão, na incerteza,
até palavra me falta,
por isso escrevo,
para tomar as rédeas,
porque no meio das palavras me perco,
mas também é no meio delas que eu me acho.
paisagem seca,
gente avessa,
falta de passo.
Na vastidão da alma,
coração e cabeça,
em desencanto,
provisoriamente abatidos.
Na incerteza da vida,
vou tragando a memória das coisas,
quem sabe lembrar me fertiliza,
faz aragem,
me encanta outra vez.
Não sei.
e, não sei é só a certeza que tenho.
Não sei, nasci para a poesia, e minha sina
é rabiscar papel,
coisa que faço sempre,
agora também.
Na aridez, na vastidão, na incerteza,
até palavra me falta,
por isso escrevo,
para tomar as rédeas,
porque no meio das palavras me perco,
mas também é no meio delas que eu me acho.
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