Escrevo para não perder a crise,
vou com cara de acerto de contas, dessas contas da vida que é o molejo das minhas palavras
e que não sei se irão me salvar a doçura.
Não tem nome o que sinto,
e minha temperatura não é normal,
tudo ficou alterado,
explosivo,
vou de coração minado,
desconfiado,
enfurecido,
desconcertado.
Inferno e paraíso juntos no mesmo dizer.
Escrevo para não perder o tino,
para resumir o drama,
por desforra,
para me absolver dos pensamentos impublicáveis.
Escrevo para me curar da loucura que me fez calar,
para quem sabe, diluir um pouco o veneno deste mundo avesso.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
sábado, 18 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
Invasão
Vou provocar o silêncio, já que humana duvido,
e mesmo sem culpas, há trancas e enguiços na minha esperança,
nem sempre a palavra me faz visita...
Me dou à coragem de evitar solidão, silêncio é coisa séria eu sei,
mas como estou salva da perfeição, provoco.
Procuro a palavra, sou assim...
Aguento rápidos abandonos,
encaro defeitos com certa precariedade,
aceito de pronto antagonismos e masmorras,
mas não sei lidar com ausências,
a falta que me faz papel e caneta,
a gente aprende obediência pelas dores que sofre,
assumo o desrespeito, já que silêncio é coisa séria,
mas nasci assim,
meio poeta, e juro, não escolhi é sina.
Na indiferença das palavras,
vou ser diferente.
Sou de versos indomados
e no fim das contas o que não sei mesmo é lidar com o silêncio.
e mesmo sem culpas, há trancas e enguiços na minha esperança,
nem sempre a palavra me faz visita...
Me dou à coragem de evitar solidão, silêncio é coisa séria eu sei,
mas como estou salva da perfeição, provoco.
Procuro a palavra, sou assim...
Aguento rápidos abandonos,
encaro defeitos com certa precariedade,
aceito de pronto antagonismos e masmorras,
mas não sei lidar com ausências,
a falta que me faz papel e caneta,
a gente aprende obediência pelas dores que sofre,
assumo o desrespeito, já que silêncio é coisa séria,
mas nasci assim,
meio poeta, e juro, não escolhi é sina.
Na indiferença das palavras,
vou ser diferente.
Sou de versos indomados
e no fim das contas o que não sei mesmo é lidar com o silêncio.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Acordo
Soletro sentimentos, porque esqueço,
porque não aprendi.
Assim é comigo, com tantos.
Vou meio aos tropeços e deslizes e desleixos acovardando a alma,
abandonando o que me nutria,
e não era pão e palavra,
era mais,
a tutela divina.
Deixo nas nas mãos de Deus, o que é devido às minhas,
e demonizo tudo que é desejo,
carrego um balaio de bondade, torpeza, sinceridade, loucura e sanidade.
Espero milagres sem ter fé neles,
alardeando a alma de tanto impossível que nem sei.
Quem há de talhar os dias que tenho ainda?
Soletram meu nome para lembrar ou aprender,
e nele cabe uma imensidão trôpega das coisas que me fazem ser assim, como sou.
Me chame, mas saiba que não irei sozinha,
porque esqueço,
não aprendi,
sou imponderável,
dada aos poucos riscos, sempre em construção.
E sendo assim, aceito as brechas,
faço as pazes com o desconcerto de me erguer e cair,
e pelas minhas contas,
tantas outras vezes ainda vou me desconstruir.
Me chame, mas não irei sozinha,
perdoe a minha falta de chão,
que perdoo sua falta de asas.
porque não aprendi.
Assim é comigo, com tantos.
Vou meio aos tropeços e deslizes e desleixos acovardando a alma,
abandonando o que me nutria,
e não era pão e palavra,
era mais,
a tutela divina.
Deixo nas nas mãos de Deus, o que é devido às minhas,
e demonizo tudo que é desejo,
carrego um balaio de bondade, torpeza, sinceridade, loucura e sanidade.
Espero milagres sem ter fé neles,
alardeando a alma de tanto impossível que nem sei.
Quem há de talhar os dias que tenho ainda?
Soletram meu nome para lembrar ou aprender,
e nele cabe uma imensidão trôpega das coisas que me fazem ser assim, como sou.
Me chame, mas saiba que não irei sozinha,
porque esqueço,
não aprendi,
sou imponderável,
dada aos poucos riscos, sempre em construção.
E sendo assim, aceito as brechas,
faço as pazes com o desconcerto de me erguer e cair,
e pelas minhas contas,
tantas outras vezes ainda vou me desconstruir.
Me chame, mas não irei sozinha,
perdoe a minha falta de chão,
que perdoo sua falta de asas.
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