e alimento aos que nos devoram lento e muito,
e nos deixamos inclementes e insanos nas mãos de todos,
e seguimos sendo o que nunca fomos.
E nos engasgos do não dizer,
fica a palavra pisada, em chão de angustias, em terra estrangeira,
em solitude eternal...
Nos salvamos.
Não há eternidade no que cingido de inércia dá-se ao movimento.
Que atina numa manhã qualquer de que a palavra é ombro,
e braço forte,
vive em hiatos.
No vão das coisas é onde somos,
o que essencialmente somos,
uma hibridez constituinte que separa impotência de onipotência.
Com a palavra erguemos bandeiras,
desconsideramos conselhos,
enfrentamos o dia mau.
Com a palavra dizemos quem somos, nos elegemos!