Os desencontros dos encontros são caminhos sem chegada,
são estradas difíceis,
estações sem trem,
coisas guardadas para ninguém.
São palavras e palavras e palavras...intermináveis discursos traiçoeiros.
São sentimenos trapaceiros,
são pessoas que nunca sairão das fotografias,
das molduras,
eternizadas,
engessadas,
quietas mas cheias de ternura.
Os desencontros dos encontros é a falta de atenção do tempo,
é o descontentamento do que chega anos depois,
é a desesperadora promessa do amor enganado,
do coração falido,
de mãos infantis.
Quem há de estabelecer o perdão?
Perdoar a vida por não ter chegado na hora?
Quem poderá encontrar um caminho,
um motivo,
um jeito de sair da fotografia?
Há de se ter fé,
até que o tempo faça ou refaça a chegada dos que vieram agora.
* este poema surgiu de uma conversa na hora do almoço...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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