Não há palavra o silêncio desertifica o momento, faltam muros para a "defesa".
Um abrigo, desses duradouros, impermeáveis,
de uma inteireza única.
Ficar ali.
Civilizar o deserto, fazer de si mesmo uma fortaleza.
Ser ora um caminho, ora uma muralha.
Ser ora habitável, ora não.
Só quando não há palavra e o silêncio congela o momento,
se ve como falta verdade para encarar as coisas como são.
Só quando não há palavra sabe-se o valor do discurso,
e a afronta do silêncio.
Falo de coragem,
de limite,
da luz e da sombra que se projetam em nós.
Palavras, são as flechas lançadas,
ora com força, ora sem alcance.
Palavras são as inadequações daquilo que temos que explicar,
coisas não ditas,
falas impróprias,
eloquências legalistas.
Só quando faltam as palavras notamos o quanto consumimos de silêncio.
Ter nó na garganta é o acúmulo do "não dizer".
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário