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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Flor de ferro

...aqui conta a poesia, coisas da imaginação cintilante de gente que sente e trasnforma sua voz em verso. Poetas são almas alucinadas que se disfarçam no dia-a-dia, mas que se libertam diante de uma folha em branco.


Tenho uma sensação apocaliptica ao escrever, e haja resistência para corações que se dilatam de esperança e se trincam diante do gélido vento da realidade. A evolução tem preço alto. As teorias são cruéis, os modelos impraticáveis, as pessoas tóxicas. Vivemos noites mal dormidas, comemos comidas mal feitas, aceitamos açoites verbais, abaixamos a cabeça diante das cenas impróprias, relaxamos diante do espelho...cabelos muito mais brancos que deixam de nos dar orgulho, representam o tempo passando em desatino. Aceitamos soluções sintéticas para ser resilientes. Não nasci assim, absorvendo baques e me anestesiando diariamente, antes de sair de casa. Não nasci assim, evoluindo para ter anticorpos contra venenos e contra pessoas. Não nasci assim, sendo consumida pela falta de temperança, para coisas feitas "por baixo dos panos", para dar "jeitinhos" nem aceitar o hostil revelar-se da alma humana.

Tenho uma sensação de que não precisamos marchar rumo a domesticação, tendo fé equivocada, sem saber quem somos. Tenho a sensação de que estamos sempre sendo "caçados" mesmo que de forma gratuita.

Tenho a impressão que a culpa é nossa, todos nós que vamos aceitando, relevando, nos moldando, deixando a vida se esvair pelos dedos dos outros, nós que de algum jeito deixamos nossas vidas em mãos esmagadoras.

Nasci poeta, tenho olhos assim, retificadores e lampejos de bondade, nasci me refazendo, não cheguei calada, chorei muito me anunciei.

Tenho a sensação de que acredito em fragilidades, na tristeza das pessoas, no pedido de ajuda, na aproximação, no antídoto para o veneno.

Não passou, ainda tenho uma sensação apocalíptica.

Não se respeita as pessoas, que não fazem do tempo dinheiro, que evitam conflitos, que exercitam o perdão.

Preciso ser desintoxicada, ainda perco as estribeiras com insultos, ando inquieta, vingativa e que ninguém ouse achar que não!

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