Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

terça-feira, 29 de março de 2011

Impressão

Quero começos sempre, sou feita deles,
alimento-me de novas tentativas e fico aprendendo a não despir minha esperança.
Minha alma tem roupa nova cada vez que sou cheia de luz,
fico estocando alegrias,
peço mais razão do que lágrimas,
tem dias que preciso entender,
enraizar,
saber que não é golpe do meu coração.
Lágrima distrai a gente.
Quero começos sempre,
vários,
nem sempre termino, ora desisto,
é meu exercício de liberdade, é assim que me dou asas.
Quero começos, por ter licença para a vida,
por ter passado,
por ter história,
por desejar o próximo passo mesmo sem saber para onde isso me guiará...
Fico olhando o brotar da fé,
imaginando o fruto, a minha fome é grande.
Recompondo e repetindo,
chega a ser insano não errar.
Aceito o tempo que me cabe,
mas não vou dispensar o meu legado,
tenho mãos,
tenho voz,
hei de deixar rastros,
hei de habitar a lembrança de alguém.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Verdade

Palavra velha companhia,
venha agora render o silêncio,
quem sabe faça parecer alegria quando no fundo é lamento.
Ninguém, vive só desbotando,
de coração empoeirado,
nem esquecido, nem esquecendo...

De quando em quando ficam elas, "boiando" num oceano de segredos.
Servem a alma e  às suas paixões,
leais, se calam.
Nunca serão ditas.
Palavras assim morrem tentando a liberdade, presas na boca "irretocável" dos que fogem da luz.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tem dias...

Pensando bem, ando cansada,
amanheço inteira, mas vai o dia,
vai a lida e no fim dele,
não sobra nada.
Tenho o trabalho de me juntar.
Pensando bem, ando cansada,
ressaca sempre, por quase nada,
gasto palavra,
gasto vigor,
vai indo desisto, e não consigo ter fé que baste.
Pensando bem vejo fronteiras,
vejo trincheiras,
no outro que não acolhe,
que não ajunta, só espalha.
Insanidade velada,
um jeito torto,
em vez de arado, espada.
Pensando bem,
fica  no esboço, um dia assim,
com gente assim,
com um tempo assim, órfãos.
Cansada de construir na areia,
de contribuir com o vento que no final do dia
passa e varre tudo!