Quero começos sempre, sou feita deles,
alimento-me de novas tentativas e fico aprendendo a não despir minha esperança.
Minha alma tem roupa nova cada vez que sou cheia de luz,
fico estocando alegrias,
peço mais razão do que lágrimas,
tem dias que preciso entender,
enraizar,
saber que não é golpe do meu coração.
Lágrima distrai a gente.
Quero começos sempre,
vários,
nem sempre termino, ora desisto,
é meu exercício de liberdade, é assim que me dou asas.
Quero começos, por ter licença para a vida,
por ter passado,
por ter história,
por desejar o próximo passo mesmo sem saber para onde isso me guiará...
Fico olhando o brotar da fé,
imaginando o fruto, a minha fome é grande.
Recompondo e repetindo,
chega a ser insano não errar.
Aceito o tempo que me cabe,
mas não vou dispensar o meu legado,
tenho mãos,
tenho voz,
hei de deixar rastros,
hei de habitar a lembrança de alguém.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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