Tecendo minhas rendas, fiquei na primeira linha do verso que não nasceu.
Queria falar de amor,
das coisas mais aquecidas, queria aos pés da dor abrir sorriso,
escancarado e sem siso,
de jeito meio insano, assim meio desvairada mas não me veio nada.
Ainda nas minhas rendas, junto palavra aqui e ali,
que roupa terá o poeta, de que se enfeita esse errante?
De que é feito este instante?
Do que vou falar adiante?
Ainda distante do amor, e não porque sou menina,
que dessa já foi-se à tempos as tranças, a dança, a boneca...
Não vou de versos de amor,
não chegam neste tear, vai ver ainda é dor o nó que desatou,
o afeto que faltou,
o beijo que me negou,
o laço que não se fez.
Ainda não é minha vez,
que amor é coisa de gente "costurada", ando ainda no alinhavo,
não posso com o soltar dos pontos...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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