Ela é assim gosta ficar só nas suas condenações, de pés cansados e mãos seladas, posição para as inglórias pelejas da sua alma...quando vê dá de frente consigo na imprecisão mais aguda e mais lancinante que nessas horas falta poesia, porque poeta sabe como encarar nó na garganta, ela não.
Ela é tecida de doçura e fel, fica sisuda sem forças pra sorrisos, sem pernas para o perdão, caminhar custa o dobro de cansaço, e gente teimosa, ela sabe, empaca num azedume mais além.
Ela é tecida de teimosia também, dessas mais marotas, mais transgressivas que vai burlando a alma e criando casca, e nessas horas sabe: "não é flor que se cheire"...
Solitude ajuda a se achar quando se perde em si, é dessas que ficam dias em "seus porões" entre remoer e refazer desafetos, numa tecelagem sem fim de fios tantos que até se encanta com eles, mas também são neles que se enreda e nessas horas também sabe que nó não é laço.
Ela que vai da tagarelice ao silêncio em segundos, sai demolindo seus muros com as vértebras aos estalos como se do nada estatelace no chão feito fortaleza ruindo, feito areia varrida de ondas, feito olhos represados transbordando pelos cantos igual chuva quando termina de chorar, escorre aquele fiozinho de água, fino e longo que não tem quem não repare.
Ninguém doma um coração de poeta, tão pouco o dela que é feito de "interminável", de coisas que não acabam assim de ontem para hoje, porque pra ela nada começa de hoje para amanhã, custa tempo e é preço pago.
Há quem se encante com seu jeito de bruma discreta, tom de voz e outros quetáis, mas tarefa difíicl é o todo dia, há quem diga também que não é qualquer um que aguenta essa "grelha na pele", não sei.
Ela é feito duas, mas é uma. Uma que é brandura e sensatez e a outra que é só loucura e acidez, e só quem descobre a alquimia dessa mistura, sabe quem ela é!
Essa menina...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Trilha sonora
Este indomável que mora dentro de mim,
vai ao seu compasso feito dança desajeitada,
como se fosse a primeira vez,
seu primeiro sopro,
seu primeiro assombro,
seu primeiro amor...
Inclemente até, por desprezar razões e ritos,
promotor do caos de tão liberto,
é também a causa da calmaria que me chega lenta e certa,
quando só disso preciso.
São dele as fontes da vida, e do tudo o que guardo,
a ele guardo mais,
eu tento.
Invento jeitos e modos e tempos, desdobro verbos,
disfarço o rosto,
mudo de assunto, mas ele, indiscreto não é dado ao
desejado silêncio.
Ora não combinamos ele e eu, e pareço não ter o tamanho
e o espaço para tudo o que me propõe, do tanto que não aceito,
parece que só sabe apertar-me o peito,
corar-me a face,
me provocar esse ousado que vive em mim...
Descompassado só se ajeita quando eu cedo,
dou ouvidos,
acredito.
Esse meu coração é assim um atrevido conselheiro!
vai ao seu compasso feito dança desajeitada,
como se fosse a primeira vez,
seu primeiro sopro,
seu primeiro assombro,
seu primeiro amor...
Inclemente até, por desprezar razões e ritos,
promotor do caos de tão liberto,
é também a causa da calmaria que me chega lenta e certa,
quando só disso preciso.
São dele as fontes da vida, e do tudo o que guardo,
a ele guardo mais,
eu tento.
Invento jeitos e modos e tempos, desdobro verbos,
disfarço o rosto,
mudo de assunto, mas ele, indiscreto não é dado ao
desejado silêncio.
Ora não combinamos ele e eu, e pareço não ter o tamanho
e o espaço para tudo o que me propõe, do tanto que não aceito,
parece que só sabe apertar-me o peito,
corar-me a face,
me provocar esse ousado que vive em mim...
Descompassado só se ajeita quando eu cedo,
dou ouvidos,
acredito.
Esse meu coração é assim um atrevido conselheiro!
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Sexta-feira
Para sair com pressa, passos largos,
para o fim do dia, despedida,
para minha alegria sorrisos,
para a sua, meus braços.
Para que a alma ajude, fé,
para não perder a viagem, fica,
para mais um café, conversa,
para qualquer um quer quiser, minha poesia!
para o fim do dia, despedida,
para minha alegria sorrisos,
para a sua, meus braços.
Para que a alma ajude, fé,
para não perder a viagem, fica,
para mais um café, conversa,
para qualquer um quer quiser, minha poesia!
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