Ela simplesmente aparece.
Faz uma confusão da espera.
Quem governa quem?
Ela vem como se fosse bem-vinda,
fica.
Fico sem saber,
o que fazer e não fazer.
Fica em pensamentos repetitivos,
impondo a sua presença indócil,
encurtando o tempo que tenho.
E tudo vai ficando imperdoável.
Confronta tudo o que já consegui entender.
Me faz duvidar do que acredito.
Fico incerta.
Desmedida.
Insolúvel.
Nem feia, nem bonita.
Mistura todos os meus "não sei porquê",
e deixa a faxina para eu fazer.
Ela simplesmente desaparece.
Se vai,
mas não leva tudo.
Deixa a dúvida,
deixa as horas,
deixa tudo com cara de "impossível".
Fico imprópria.
Reduzida,
sem fé.
Parte de mim é grandeza a outra afronta.
Parte de mim é certeza a outra deveria ser.
Parte de mim é mansidão a outra angústia.
Parte de mim é silêncio a outra também.
Ela é assim, essa parte "invasiva" de mim.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário