...o que dá para fazer em meia hora?
desejar o sol,
rascunhar uma lista,
terminar um pensamento,
uma breve meditação.
Pensar nas pessoas,
sentir saudades,
querer vê-las,
ensaiar abraços,
ter imaginação,
planejar o boa-noite de hoje,
e o bom-dia de amanhã.
Lembrar do "quentinho" do colo da minha mãe.
Lembrar do sorriso do meu pai que se foi.
Imaginar como seria se eu tivesse irmãos...
Reviver os minutos dos dia que foram bons.
Aprender com as pessoas,
desaprender também.
Dizer obrigada,
reparar um pouco nas coisas,
jogar o lixo,
ajeitar a gaveta.
Uma dose de reflexão.
Já deu meia hora.
É, a vida é rápida...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
algo de precioso
...tantas coisas impublicáveis, é a parte de mim que não tem educação, nem pudores, nem medo de perder nada, completamente censurada. Acho que são coisas que encolheram, mas continum importantes, vez por outra escrevo e não publico, tudo ali é inconfessável, um lamaçal, uma bagunça. Me deixo ser apologética de fala apocalíptica sem restrições.
Nessas horas experimento a palavra nua, fico saboreando minhas afrontas, são horas em que sinto o poema como pedra bruta.
Tudo o que publico, creia, foi antes lapiado!
Nessas horas experimento a palavra nua, fico saboreando minhas afrontas, são horas em que sinto o poema como pedra bruta.
Tudo o que publico, creia, foi antes lapiado!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Revisitados, alterados, relidos, reescritos...
Coreografia
Confesso, tentei.
Foi um erro pensar que seria fácil.
Nós desatados, nem sempre nos conserva inteiros.
Faltam pedaços e para ser de novo inteiros, fazemos remendos.
Nó outra vez feito. Confesso, errei.
Foi um teste, arriscar, domesticar o medo,
ensinar doçura, ir de alma sonâmbula,
acordar, sentindo falta de sonhos.
Confesso, sou repetitiva, sempre faço perguntas iguais,
meus porquês são obedientes, a dúvida cabe na minha retina.
Confesso não faço o bem que desejo, mas o mal faço.
E vou por desertos exagerados, me distraindo em visões,
tropeçando em meus cadarços, me refaço de quedas, dou novo passo.
Confesso, sou única, não abandono minha impotência,
e vivo, por vezes, de coisas mal ensaiadas.
Posso sorrir mas não garanto brandura.
Posso ter dias ruins, mas não vivo deles.
Confesso, tenho um dever, amar de forma justa,
mesmo que não faça sentido dividir o ar, com tudo que é imponderável.
Sempre abrigo vendavais em mim, sempre irei acolhe-los,
sou inconfessável por fim?
Confesso, vou vivendo, entre guerras e tréguas, perdoando, ofendendo.
Confesso, tentando acertar o passo para um dia acertar a dança!
Nascimento
Faz a colheita, em cestos de graça,
é minha vez.
Separa, o bom do ruim.
Ampara minhas partes vivas, enterra minhas raízes,
mostra que as cicatrizes, agora são só marcas.
Faz a colheita, em cestos de graça,
é minha vez.
Já passou a flor, já brotou a semente,
já carregou o céu, a chuva inundou.
Cestos de frutos, a céu aberto, colhidos em mim,
Já faz tanto tempo, colheitas passadas,
sem frutos, sem flor,
recém plantadas, sementes ceifadas,
nada brotou.
Terra sem chuva,
coração sem fé.
Encha-se os cestos de graça,
frutos que não cabem nas mãos,
encha-se os cestos de graça,
e planta outra vez, as sementes,
... em mim, que sou terra fecunda.
*Selecionados pelo Banco de Talentos - Febraban 2009
Confesso, tentei.
Foi um erro pensar que seria fácil.
Nós desatados, nem sempre nos conserva inteiros.
Faltam pedaços e para ser de novo inteiros, fazemos remendos.
Nó outra vez feito. Confesso, errei.
Foi um teste, arriscar, domesticar o medo,
ensinar doçura, ir de alma sonâmbula,
acordar, sentindo falta de sonhos.
Confesso, sou repetitiva, sempre faço perguntas iguais,
meus porquês são obedientes, a dúvida cabe na minha retina.
Confesso não faço o bem que desejo, mas o mal faço.
E vou por desertos exagerados, me distraindo em visões,
tropeçando em meus cadarços, me refaço de quedas, dou novo passo.
Confesso, sou única, não abandono minha impotência,
e vivo, por vezes, de coisas mal ensaiadas.
Posso sorrir mas não garanto brandura.
Posso ter dias ruins, mas não vivo deles.
Confesso, tenho um dever, amar de forma justa,
mesmo que não faça sentido dividir o ar, com tudo que é imponderável.
Sempre abrigo vendavais em mim, sempre irei acolhe-los,
sou inconfessável por fim?
Confesso, vou vivendo, entre guerras e tréguas, perdoando, ofendendo.
Confesso, tentando acertar o passo para um dia acertar a dança!
Nascimento
Faz a colheita, em cestos de graça,
é minha vez.
Separa, o bom do ruim.
Ampara minhas partes vivas, enterra minhas raízes,
mostra que as cicatrizes, agora são só marcas.
Faz a colheita, em cestos de graça,
é minha vez.
Já passou a flor, já brotou a semente,
já carregou o céu, a chuva inundou.
Cestos de frutos, a céu aberto, colhidos em mim,
Já faz tanto tempo, colheitas passadas,
sem frutos, sem flor,
recém plantadas, sementes ceifadas,
nada brotou.
Terra sem chuva,
coração sem fé.
Encha-se os cestos de graça,
frutos que não cabem nas mãos,
encha-se os cestos de graça,
e planta outra vez, as sementes,
... em mim, que sou terra fecunda.
*Selecionados pelo Banco de Talentos - Febraban 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Deseducado
...enfim, fim da segunda-feira.
Deveria ser dia sem inquietações,
somos guerreiros que não queremos ser,
temos problemas que não queremos ter,
vivemos de prontidão.
Deveria ser dia de abrir cadeados,
de começo,
de abraço,
de bom-dia recheado, legítimo!
...enfim, fim da segunda-feira.
todas as tomadas desligadas,
e no trinco, um "nao perturbe",
no coração a esperança de uma segunda-chance! (com licença poética)
Deveria ser dia sem inquietações,
somos guerreiros que não queremos ser,
temos problemas que não queremos ter,
vivemos de prontidão.
Deveria ser dia de abrir cadeados,
de começo,
de abraço,
de bom-dia recheado, legítimo!
...enfim, fim da segunda-feira.
todas as tomadas desligadas,
e no trinco, um "nao perturbe",
no coração a esperança de uma segunda-chance! (com licença poética)
domingo, 25 de outubro de 2009
...momento Charlie Brown
...não sabia, as coisas adormecem mesmo, ficam por um tempo, mansas, brandas, amenas dentro de nós. Esquecemos delas, nos entendemos curados, livres, salvos. Um dia, acordam, despertam e voltam para nos encontrar.
Aí, que incômodo, entender as coisas!
Na verdade eu sabia sim, a gente é que vive "pisando em ovos" não fazendo barulho para elas não acordarem!
Aí, que incômodo, entender as coisas!
Na verdade eu sabia sim, a gente é que vive "pisando em ovos" não fazendo barulho para elas não acordarem!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
...na últimas horas do dia, lembro dos versos de Carlos (como se fóssemos velhos conhecidos, me pemito chamá-lo assim, mantendo a simplicidade que deveria haver em tudo).
"Eta vida besta, meu Deus".
A vida vai enviesada, vazando pelos vãos dos dedos, talvez escrever seja uma forma de tentar represar um pouco o tempo que passa.
Folheando meus livros li com olhos mansos algo mais ou menos assim: a vida se perde porque a gente vai pela contra mão, começando com afirmações e se esquecendo das perguntas, nossas dúvidas poderiam ser lupas na descoberta de respostas, ficamos com as certezas adultas e deixamos de lado os porquês infantis...agonizamos desistindo do bem, aceitando o mal.
Engolimos coisas e pessoas às lascas e nos acostumamos.
Carlos tinha razão.. "Eta vida besta"
"Eta vida besta, meu Deus".
A vida vai enviesada, vazando pelos vãos dos dedos, talvez escrever seja uma forma de tentar represar um pouco o tempo que passa.
Folheando meus livros li com olhos mansos algo mais ou menos assim: a vida se perde porque a gente vai pela contra mão, começando com afirmações e se esquecendo das perguntas, nossas dúvidas poderiam ser lupas na descoberta de respostas, ficamos com as certezas adultas e deixamos de lado os porquês infantis...agonizamos desistindo do bem, aceitando o mal.
Engolimos coisas e pessoas às lascas e nos acostumamos.
Carlos tinha razão.. "Eta vida besta"
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