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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Depois de ler Floral poema da abelha

Misturando a leitura de um poema com saudade,
senti na ponta da língua o gosto de maracujá doce, comia com colher e risadas.
Sementinhas regadas a infância abençoada.
Lá pelos 7, 8 anos as coisas eram pra sempre.
Inda lembro do calor das tardes no interior,
pés livres e mãos crescendo.
E fomos crescendo,
com rapidez insana para mentes eternizadas.
Éramos feito beija-flores incansáveis, flutuantes de asas mansas.
Feito aprendizes de insetos, borboletas e uns dos outros.
Vivíamos de coração afinado,
levávamos a sério a chegada da manhã.
Tudo era plural, superlativos de afetos
ávidos por mais um dia pela frente.
deu mesmo saudade...
Que nossas crianças sintam também o gosto do maracujá doce,
para lembrar quanta coisa cabia entre as sementinhas...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tijolo

Hoje em dia mais cimentada, meus muros são mais altos.
Ainda há brechas, mas são poucas as rachaduras.
Minha alma vaza um pouco quando falta a fé,
fico tentando refluir, para não perder todo o conteúdo.
Sou  mais forte hoje em dia, não me canso de cercar-me,
certificar-me,
edificar-me.
Ficar olhando meu rosto e ver que não sou mais menina,
meu avesso é.
Aceito o amor,
o amigo,
o abrigo de um olhar.
Sou mais calma, hoje em dia,
calma nos dias de paz.
Faço guerra se a causa é minha,
embora não saiba lutar.
Me despeço das memórias, com adeus solícito.
Hoje em dia, conservo somente fotografias,
não estão mais na minha retina,
vou buscá-las quando me apraz.
Meus muros são mais altos,
construção mais senhora,
dá para ver dentro e fora,
só que agora,
é preciso escalar.
Hoje em dia, tenho menos razão,
mais sabedoria, quem sabe...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

sobre mim...

Vez por outra sinto culpa histórica, não segui alguns modelos familiares, não sou tanto de convenções, não gosto de festa, nem moro em uma casinha com chaminé! Minha fé não se prende a domingos, é de todos os dias, acordo acreditando.
Travo lutas intensas por dentro, vivo enxotando o mal, e choro mesmo quando dói o peito. Fico domando meus medos, contando nos dedos os dias de paz.
Tem dias desmistificados que me aforntam mais e fico me equilibrando em não pensar sobre mim, nem mais, nem menos, o justo. Não há remédio eficaz, há o tempo da dor passar. Sinto tanto que a vida das minhas retinas não serão suficientes para ver tudo. Tenho gavetas bagunçadas e perco coisas nelas, outras não estão perdidas só não procuro mais. Rio de mim, monólogo que faço, um jeito de passar a salvo pelos fracassos e concluir que erros me fizeram muito bem. Não deixei de ritualizar algumas coisas, como um café quente ao acordar e cultuar minhas memórias adocicadas. Sou doce, mas ácida, sou misturada com limão. Termino meus dias ansiando dizer: Hoje foi bom!
Quero ver os 5, os 25, os 35, os 45 anos da minha filha, a única conta que faço bem, e fico, diariamente, esculpindo minha velhice desde já...quero dizer lá na frente: a vida valeu a pena.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

"Feliz Aniversário, filha!"

...juntando as mão,
poucas palavras,
olho o céu.
 azul feliz,
azul imenso.
...juntando as mão,
"numa" oração,
só gratidão.
Obrigada Deus,
de coração, pela linda manhã de hoje, sol e céu azul.
Obrigada, especialmente, porque o Senhor sabe que gosto disso!