Não cicatrizo direito,
vai ver é defeito que tenho.
Defeito ou jeito de ser.
Me sobra o rosto molhado,
um drama matinal,
uma mal estar esverdeado nos olhos.
Me sobra o tempo seduzido,
pretensos caminhos,
um lastro de lucidez.
Quem não tem um dia daqueles?
Passado na peneira,
regado a café forte,
um tanto indomáveis?
Há cortes doendo ainda...
Vai ver vejo demais,
ouço demais,
sinto demais.
Não navego nas mesmas águas que outros,
mas quem me guia?
O efeito é: "meio do mar",
com sol na cabeça,
sem saber quando haverá terra,
ou sombra,
ou trégua.
e o sal?
o sal faz arder...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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