É, o tempo, transforma a gente,
por fora revela-se nos olhos, nas mãos na cor do cabelo,
muda a cor da gente,
o tom da fala,
a leveza do corpo.
O tempo reforma a gente,
vai ver por isso escrevo,
nasci tímida, coisa que dissolvo em poemas.
Nasci pouco hábil para dança, sempre adolescente nisso,
mas há ritmo em meus dedos...
Nasci um tanto medrosa sendo eu,
mas quando sou as letras, enfeitiço as linhas,
o texto,
me refaço,
me retoco e levanto bandeiras.
Nasci para falar pouco, mas falo o nome dos que amo,
em algum lugar falam meu nome também.
O tempo me fez cair de amores pelo silêncio.
Se continuo, não é por teimosia não,
o tempo tira o fôlego da gente,
continuo, porque o que não sou me constrange.
O tempo não irá me trazer menos timidez, tão pouco os passos lestos da dança,
nem coragem também.
O tempo não irá me trazer o que não tenho, vai levar o que tenho.
Mas tenho a liberdade da escolha.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário