Então, é isso.
Já tenho por certo que não sou de garbo,
minha elegância trago por dentro.
E digo sim que me afeta o fato,
o desacato,
o desalento,
o desatento jeito de viver que tenho.
Desajeitado mesmo.
Não nego que me afeta o fardo,
de ser assim,
dolorida,
delicadamente em desuso.
Não brado palavra,
calo quase sempre,
ruborizo,
me escondo,
eternizo meu
casulo.
Me transformo em minguados movimentos,
há muitas borboletas já.
Tenho por certo, minha sina é está,
experimentar sufocos,
passar do tempo,
perder a hora,
não voar direito.
Não vou ter meu nome em dourado,
nem vociferar,
nem sequer falar mais alto.
Vou sempre descansar a cabeça na mão esquerda,
para ouvir alguém falar.
As soluções não virão de mim,
se me complico...
Não explico,
nem suplico,
nem fico mais inebriada com discursos.
Sei-me assim cansada um pouco dos humanos de sempre.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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