Ora segue roteiros alheios, o coração.
Não nega aos olhos o que vê, nem à boca um sorriso de contentamento.
É traidor, mas não pode ser condenado,
posto ser moldável.
Enganoso também, por supor-se onipotente,
mas não pode ser condenado por não deixar-se encabrestar,
carrega tudo dentro de si.
Ora vazio em plena juventude, quando deveria ser arrebatado.
Ora falido ao pratear os cabelos.
Ora vivo de intuições.
Vai de sobressaltos a calmarias.
Abriga vários recomeços.
É quase incansável,
é quase de barro, faz-se de novo,
e de novo.
O coração sobrevive ao amor,
só por isso deve ser perdoado.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
SEUS jardins
Fiquei pensando em como seria ter sido criança nos tempos de Jesus...
Não teríamos medo de nos aproximar DELE por ter feito algo errado, nem seria difícil dizer o que estivéssemos pensando ou sentindo, se raiva, se dor, fosse o que fosse, falaríamos por inocência, por verdade, por coragem..
Todos muito bem-vindos, sem importar qual a procedência, a cor, a família ou a falta dela.
Talvez um passeio em algum jardim, falando sobre animais, sobre o que seríamos ao crescer, sobre o dia, e a comida preferida.
Imagino ELE contente por nos ouvir falar sem nenhuma madureza, de olhar profundo, infalível, adoçado de sabedoria e paciência.
Crianças naquele tempo, caminhando em plena luz.
Nós, nos tempos de hoje, vivemos de imperativos religiosos, de rituais, de decepções, sempre tentado reaprender sobre gratidão.
Nós crescemos.
Temos o coração desgastado, por vezes irrecuperável, incerto, desertificado, que escolhe por quem bater.
Nós, nos calamos quando há falha, nos falta coragem, aceitação e trivialidade.
Não sabemos mais sobre inocência, não nos sobra mais paciência e fugimos da luz...
Nós crescemos.
Vivemos outros tempos (estes de infância roubada).
...
ELE continua nos esperando em SEUS "jardins"...
"O que você vai ser quando crescer?" - mesmo que, ainda, não tenhamos resposta a essa pergunta.
Não teríamos medo de nos aproximar DELE por ter feito algo errado, nem seria difícil dizer o que estivéssemos pensando ou sentindo, se raiva, se dor, fosse o que fosse, falaríamos por inocência, por verdade, por coragem..
Todos muito bem-vindos, sem importar qual a procedência, a cor, a família ou a falta dela.
Talvez um passeio em algum jardim, falando sobre animais, sobre o que seríamos ao crescer, sobre o dia, e a comida preferida.
Imagino ELE contente por nos ouvir falar sem nenhuma madureza, de olhar profundo, infalível, adoçado de sabedoria e paciência.
Crianças naquele tempo, caminhando em plena luz.
Nós, nos tempos de hoje, vivemos de imperativos religiosos, de rituais, de decepções, sempre tentado reaprender sobre gratidão.
Nós crescemos.
Temos o coração desgastado, por vezes irrecuperável, incerto, desertificado, que escolhe por quem bater.
Nós, nos calamos quando há falha, nos falta coragem, aceitação e trivialidade.
Não sabemos mais sobre inocência, não nos sobra mais paciência e fugimos da luz...
Nós crescemos.
Vivemos outros tempos (estes de infância roubada).
...
ELE continua nos esperando em SEUS "jardins"...
"O que você vai ser quando crescer?" - mesmo que, ainda, não tenhamos resposta a essa pergunta.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Infalível fui eu, quando ouvi exageros,
um tanto de palavras na contra mão,
eu seguindo,
elas em atropelo...
Fui me blindando enquanto ouvia.
Infalível fui eu, no silêncio,
na ausência,
na impotência.
Não falha,
quando não gosto do discurso,
da conversa,
do recado,
fico encapsulada, no mais puro desprazer.
Enquanto o outro fala,
penso na neblina,
em golfinhos,
na vida de um caracol,
no caminho das formigas,
...em tudo que pode ser mais interessante
do que o interminável farfalhar de alguém!
um tanto de palavras na contra mão,
eu seguindo,
elas em atropelo...
Fui me blindando enquanto ouvia.
Infalível fui eu, no silêncio,
na ausência,
na impotência.
Não falha,
quando não gosto do discurso,
da conversa,
do recado,
fico encapsulada, no mais puro desprazer.
Enquanto o outro fala,
penso na neblina,
em golfinhos,
na vida de um caracol,
no caminho das formigas,
...em tudo que pode ser mais interessante
do que o interminável farfalhar de alguém!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Porão
Desconfiada, reparei no meu coração,
que não me deixou em paz até que rasgasse minha boca em sorriso.
Fiz isso, deixei de ser frágil por alguns instantes,
esqueci meu sentimento abissal de impotência,
meu jeito chorão,
sai dos porões da minha alma, só por hoje.
Com isso me senti em casa com a minha felicidade,
não precisei de muito,
só deixei o vento bater no me rosto,
desarrumar meu cabelo,
e levar uma palavra minha...
Fiz isso, deixei-me diluir, fiquei feliz
e, minha felicidade não precisa de julgamentos.
que não me deixou em paz até que rasgasse minha boca em sorriso.
Fiz isso, deixei de ser frágil por alguns instantes,
esqueci meu sentimento abissal de impotência,
meu jeito chorão,
sai dos porões da minha alma, só por hoje.
Com isso me senti em casa com a minha felicidade,
não precisei de muito,
só deixei o vento bater no me rosto,
desarrumar meu cabelo,
e levar uma palavra minha...
Fiz isso, deixei-me diluir, fiquei feliz
e, minha felicidade não precisa de julgamentos.
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