Quem sou eu

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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

domingo, 31 de janeiro de 2010


Hoje, sem verso, empresto sem culpa, sem inveja, simplesmente, empresto de alguém que chegou antes de mim, e sei lá porque disse o que  eu gostaria de ter dito...




"Não é segurando nas asas que se ajuda um pássaro a voar. O pássaro voa simplesmente porque o deixam ser pássaro". 

Mia Couto em "Antes de Nascer o Mundo" - Cia das Letras, p.52





é isso...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

...continuo com o coração grelhado, mas presa as razões.
inquietação na alma,
gosto de finitude,
tentativa de prece.
A menina que fui ainda se parece comigo,
ainda tenho erguidas,
construções adolescentes,
ainda tenho inquietações desse tempo.
fico no caminho da bruma,
no ciclo de evolução,
na ansia de ser melhor.
De coração grelhado,
não sei o que é chorar com os que choram,
gastar com o que não é "pão",
perdoar de verdade.
Ainda levanto muros para mim,
não sei contruir para o outro.
Sou criatura,
sob os olhos compassivos do Criador.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Apenas um euzinho...



Escrevo para ouvir minha voz...
Um grito na alma.
Só sei, a voz é mansa,
como um repente de lembrança,
um ardor de consciência,
um tremor de verdade.
Um sussuro divino,
um alerta.
Como se meu coração fosse tirado do peito,
reaquecido em mãos milagrosas,
recolocado com outro compasso.
Como se minha mente fosse exposta,
minhas vontades sob um confronto,
curvadas,
entregues ao bem maior que não tenho em mim.
Não,
não desejo o mal,
mas, sou arquiteta de vinganças,
tecelã de avessos.
Escrevo para confessar,
por indulgência,
por vergonha,
por culpa.
para desintoxicar.
Diálogo temerário,
entender a natureza da minha humanidade.
Triste saber que despedaço a esperança,
e continuo tropeçando em meus cadarços,
minhas certezas,
minhas razões.
Doeu muito a lucidez de agora,
ter a certeza do "euzinho" que sou.

foi para o concurso literário "Amigos do Livro"

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Não cicatrizo direito,
vai ver é defeito que tenho.
Defeito ou jeito de ser.
Me sobra o rosto molhado,
um drama matinal,
uma mal estar esverdeado nos olhos.
Me sobra o tempo seduzido,
pretensos caminhos,
um lastro de lucidez.
Quem não tem um dia daqueles?
Passado na peneira,
regado a café forte,
um tanto indomáveis?
Há cortes doendo ainda...
Vai ver vejo demais,
ouço demais,
sinto demais.
Não navego nas mesmas águas que outros,
mas quem me guia?
O efeito é: "meio do mar",
com sol na cabeça,
sem saber quando haverá terra,
ou sombra,
ou trégua.
e o sal?
o sal faz arder...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

...tem dias que carrego um coração de chumbo e me canso.
Preciso de outros pensamentos, uns novos, uns diferentes, uns desses nascidos a pouco.
Me faço em trajeto, buscando caminho novo também.
Em mim que já sei decor, mudo que seja, o passo,
mas a pressa é a mesma.
Sem muita ternura, que sei, antes era mais usual,
sem muitas palavras,
e agora também sem verso, sigo em mim.
...tem dias que carrego poemas, tem dias que não e me canso.
Canso de recomeços e de cuidados.
De falar outra vez o que já foi dito.
De  "chorar o leite derramado",
padeço de alma inquieta,
E temo não ter mais doçuras.
Conto o tempo nos dedos,
o tempo que cabe neles,
e fico ouvindo o barulho do relógio, infalível,
de  pulso,
no ouvido.
Me canso mais fácil,
mais facil ser impaciente,
preciso de óculos para enxergar distante.
Fecho os olhos ainda, para não ver tudo o que está próximo.
Nem sempre falo o que me alfineta,
nem sempre quero também...
Não sei aliviar o peso aqui dentro do peito,
e faço mais contas nos dedos,
mais outras, de tempo em tempo.
Hoje, estou presa em mim,
de coração feito bola de ferro,
amarrada aos pés.
Mesmo que pudessem,
não iriam a lugar nenhum.