Vou consertar meu sorriso,
acontece dele ficar impreciso,
por vezes estraga,
é quando estou me remendando.
A gente se retalha, saiba.
Mas me costuro, aprendi com o artesão.
Sou atrevida no ponto,
na linha,
e o silêncio me encoraja.
Sou assim, paro um pouco,
e depois continuo.
Não segurei no esboço não, é sina terminar o que começo.
Sou de tantos começos... (eu disse).
E nessas "alturas" não vou declinar do voo.
Mal me conheci ainda, este é mais um começo.
Minhas costuras são muitas,
mas certas.
Não prometo não esbarrar em ninguém,
não me "costuro" apenas,
minha vontade é maior,
...consertar o sorriso dos outros.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
domingo, 30 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Dia do poeta, hoje...
Peço licença, sou poetisa, vou cirandar sentimentos,
sou dessas que não sabe o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe, com sorte, te arranque um sorriso, mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrina,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Sou dada ao silêncio.
Somos nós (os poetas) um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
sou dessas que não sabe o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe, com sorte, te arranque um sorriso, mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrina,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Sou dada ao silêncio.
Somos nós (os poetas) um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
Dia do poeta, hoje...
Peço licença, sou poetisa, vou cirandar sentimentos,
sou dessas que não sabem o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe com sorte te arranque um sorriso,
mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrino,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Somos nós um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
sou dessas que não sabem o que pode causar a palavra,
vou mexer com a dor,
quem sabe com sorte te arranque um sorriso,
mas, perdão se não puder fazer-te bem, sina vai ver...
Sou quem adensa o inalcançavel,
e sou também, quem vai pelo deserto e não se sente peregrino,
a solidão não fere vira companheira de passagem.
Somos nós um pouco docentes,
indecentes,
celestiais...
Quem derá pudesse enfeitiçar teus olhos,
me fazer em pontes para ligar os dois lados,
este efêmero, ali divino.
Somos assim, não nos basta o papel,
com a nossa "tinta" escrevemos nos corações...
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Reeducação
Andamos tropeçando em nossos cadarços,
o simples virou defeito...
A felicidade virou obrigação, e grande, e contínua, sem a vez para a lágrima.
Não cultivamos mais as trivialidades,
nos complicamos,
nos afastamos da luz...
Pouco abraçamos, e pouco nos abraçam,
nos condenamos a seriedade,
e a vida segue por um fio.
Vai ver a felicidade se abriga na reeducação,
essa que ressuscita dias bons e dias maus,
que limpa por dentro quando choramos,
que nos livra de acertar sempre,
que nos ajuda a conviver com a brevidade,
que nos torna gratos por cada refeição tomada,
que nos faz reparar nos detalhes e na mudança,
nas pessoas e no que são,
no gosto de um café e uma boa conversa,
no dar atenção,
doar-se...
Coisas que nos humanizam já que é dessa matéria que somos feitos...
Que nos conservemos capaz de apertos de mãos,
de amar os amigos,
de rir de nós mesmos,
de levar as sementes que carregam o destino de serem árvores.
Nosso fim é a eternidade, ou será nosso começo?
De que vale então, ganhar o mundo inteiro e não cuidar de alguns jardins?
Sem a simplicidade a alma se perde...
o simples virou defeito...
A felicidade virou obrigação, e grande, e contínua, sem a vez para a lágrima.
Não cultivamos mais as trivialidades,
nos complicamos,
nos afastamos da luz...
Pouco abraçamos, e pouco nos abraçam,
nos condenamos a seriedade,
e a vida segue por um fio.
Vai ver a felicidade se abriga na reeducação,
essa que ressuscita dias bons e dias maus,
que limpa por dentro quando choramos,
que nos livra de acertar sempre,
que nos ajuda a conviver com a brevidade,
que nos torna gratos por cada refeição tomada,
que nos faz reparar nos detalhes e na mudança,
nas pessoas e no que são,
no gosto de um café e uma boa conversa,
no dar atenção,
doar-se...
Coisas que nos humanizam já que é dessa matéria que somos feitos...
Que nos conservemos capaz de apertos de mãos,
de amar os amigos,
de rir de nós mesmos,
de levar as sementes que carregam o destino de serem árvores.
Nosso fim é a eternidade, ou será nosso começo?
De que vale então, ganhar o mundo inteiro e não cuidar de alguns jardins?
Sem a simplicidade a alma se perde...
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