Quem sou eu

Minha foto
Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Reeducação

Andamos tropeçando em nossos cadarços,
o simples virou defeito...
A felicidade virou obrigação, e grande, e contínua, sem a vez para a lágrima.
Não cultivamos  mais as trivialidades,
nos complicamos,
nos afastamos da luz...
Pouco abraçamos, e pouco nos abraçam,
nos condenamos a seriedade,
e a vida segue por um fio.
Vai ver a felicidade se abriga na reeducação,
essa que ressuscita dias bons e dias maus,
que limpa por dentro quando choramos,
que nos livra de acertar sempre,
que nos ajuda a conviver com a brevidade,
que nos torna gratos por cada refeição tomada,
que nos faz reparar nos detalhes e na mudança,
nas pessoas e no que são,
no gosto de um café e uma boa conversa,
no dar atenção,
doar-se...
Coisas que nos humanizam já que é dessa matéria que somos feitos...
Que nos conservemos capaz de apertos de mãos,
de amar os amigos,
de rir de nós mesmos,
de levar as sementes que carregam o destino de serem árvores.
Nosso fim é a eternidade, ou será nosso começo?
De que vale então, ganhar o mundo inteiro e não cuidar de alguns jardins?
Sem a simplicidade a alma se perde...

Nenhum comentário:

Postar um comentário