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Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Controvérsia

Quero sentir o ar e fingir que posso voar
Lembrando dos versos de Fernando, que o poeta é um “fingidor”.
Lamenta-se da dor que não sente.
Se alegra de júbilos que não são seus.
Ama quem não conhece e pede que seus versos sejam eternos.
“O poeta é um fingidor”.
Será que fingi o poeta, ou cria sentimentos onde não existem?
Faz um coração condenado amar.
Faz rei de um pobre coitado.
Traz sorrisos a uma boca inerte e se diverte com o prazer de alguém.
Adoça uma palavra amarga.
Enfeita um discurso triste.
Enlaça corpos em abraços que vão até o sol nascer.
Faz versos moleques, cheios de jinga.
Faz versos misericordiosos para quem é culpado
Para os que chegam de repente versos de avisos.
Faz livros e livros para escolher que verso se quer ter.
Faz improvisos que viram versos.
Faz versos que se docoram.
Versos adolescentes eleitos nas agendas cor-de-rosa.
Versos velhos de tão conhecidos.
Faz versos bobos de apaixonados e versos sérios de morte também.
“O poeta é um fingidor”.
Que me perdoe esse Pessoa.
Mas quem finge é o leitor.

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