Pai,
O que posso dizer quando o que preciso é ouvir.
Justiça, paz e um abraço que me faça acreditar outra vez.
Em mim, a grande parte desiste e é tão pouco o que insiste em se refazer.
Dias estes em que só posso esperar que o sol se vá.
Que a noite chegue e eu fique aqui pensando no que Te falar.
Tudo foge.
Tudo ficou tão longe para eu chegar.
Tudo é uma saudade,
Uma lembrança,
Um deserto certo, sem água e sem sombra.
Pai,
Não sei,
Não posso,
Não quero,
Mas mesmo assim eu faço, o que não sei, o que não posso, o que não quero.
Ninguém diz que isto é oração, mas tenho um coração rasgado aqui.
Pai,
Em que parte do caminho deixei-me?
Só e sem luz,
penso na Tua cruz e uma dor imensa me aperta a garganta.
O que posso dizer?
Cuida de mim que não sei voltar.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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