Como explicar a solidão?
Vai ver é como comer uma torta de chocolate, delirante, que só você soube o gosto, e comentar com alguém...
Como explicar o individualismo?
Vai ver é como comer uma torta de chocolate, delirante, que só você soube o gosto, e comentar com alguém, e nunca ir com o outro partilhar o delírio.
Como explicar o atraso?
Vai ver é como comer uma torta de chocolate, delirante, que só você soube o gosto, e comentar com alguém, e nunca ir com o outro partilhar o delírio. Mas aí um dia, você olha, e a torta está sendo partilhada a dois, e não é você o outro lado que ganha um olhar e um pedaço.
Como explicar a oportunidade?
Vai ver é como comer uma torta de chocolate, delirante, que só você soube o gosto, e comentar com o outro... ligar e dizer: "tô indo aí levar uma coisa pra você".
Como explicar o amor?
Vai ver é como comer uma torta de chocolate, delirante, que só você soube o gosto, e comentar com o outro... ligar e dizer: "tô indo aí levar uma coisa pra você" e ser a cereja que faltava.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
terça-feira, 31 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Domingo
Vou tentar,
não desmanchar os nós feitos na rede.
Fui tirada de lá,
do meio das ondas maiores,
da tempestade,
dos dias piores.
Vou tentar,
respirar a brandura da memória,
lembrar da calmaria,
da compainha,
das caminhadas...
Tenho nós feitos de existência,
de dias,
de horas,
de lágrimas.
Ajuste divino,
uns apertados, outros eternos.
Nós que faço, não conservam a pesca.
Perco,
com qualquer onda que bate.
Vou tentar,
não remar em qualquer água,
nem sair noite a dentro,
procurando um destino.
Vou tentar descansar,
dormir no barco.
Viver na luz.
Vou tentar a pesca,
mas,
com a rede certa.
terça-feira, 24 de março de 2009
Cegueira
Falo de coisas que todos sabem,
mas não sabem, que sabem.
Por isso, para os de olhos eclipsados,
passado o efeito,
acham meu verso miraculoso.
Me deleito, confesso.
Pareço fazer feitiço.
Falo outra vez, das coisas que todos sabem,
mas não acreditam que sabem.
Confesso estranheza.
Nada pode ser feito.
De indigência absoluta, são olhos que desistiram.
Não passa o efeito de finitude.
Não passa o efeito da privação,
é vida tirada aos poucos,
até cessar o existir.
Penosa trajetória, ter olhos sem trégua,
que não esperam mais a cura,
não sabem mais da fé.
Cegos ainda enxergando.
Falo de coisas que todos sabem,
mas não sabem que sei.
Falo de coisas que todos sabem,
mas não acreditam que acredito.
Minha fé vai além do que vejo,
é esquadrinhada,
existe apesar das dúvidas.
Falo porque tudo pode ser dito,
porque tenho olhos sobreviventes,
porque meu fim é a vida e não a morte.
mas não sabem, que sabem.
Por isso, para os de olhos eclipsados,
passado o efeito,
acham meu verso miraculoso.
Me deleito, confesso.
Pareço fazer feitiço.
Falo outra vez, das coisas que todos sabem,
mas não acreditam que sabem.
Confesso estranheza.
Nada pode ser feito.
De indigência absoluta, são olhos que desistiram.
Não passa o efeito de finitude.
Não passa o efeito da privação,
é vida tirada aos poucos,
até cessar o existir.
Penosa trajetória, ter olhos sem trégua,
que não esperam mais a cura,
não sabem mais da fé.
Cegos ainda enxergando.
Falo de coisas que todos sabem,
mas não sabem que sei.
Falo de coisas que todos sabem,
mas não acreditam que acredito.
Minha fé vai além do que vejo,
é esquadrinhada,
existe apesar das dúvidas.
Falo porque tudo pode ser dito,
porque tenho olhos sobreviventes,
porque meu fim é a vida e não a morte.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Caos
Acredito neste grito aflito,
nesta dor no peito,
nesse rasgo feito.
A vida é isso,
sempre vulnerável,
ser ar,
irredimível.
De riscos perfeitos,
de muitos defeitos.
De imprevisões.
Angustiante caminho.
Vou mesmo assim.
Nas pedras,
nas perdas.
Pobre.
Nobre.
Vou misturando as cenas,
às duras penas,
depurando sensações marginais.
Vejo que no lado de dentro,
muito foi devastado,
varrido,
banido.
Medo.
Mas vou mesmo assim....
nesta dor no peito,
nesse rasgo feito.
A vida é isso,
sempre vulnerável,
ser ar,
irredimível.
De riscos perfeitos,
de muitos defeitos.
De imprevisões.
Angustiante caminho.
Vou mesmo assim.
Nas pedras,
nas perdas.
Pobre.
Nobre.
Vou misturando as cenas,
às duras penas,
depurando sensações marginais.
Vejo que no lado de dentro,
muito foi devastado,
varrido,
banido.
Medo.
Mas vou mesmo assim....
segunda-feira, 2 de março de 2009
Segunda-feira pela manhã
Acordei assim,
um pensamento rápido,
uma conversa na hora do café...
Em mim está de quem preciso,
quem abriga meus sonhos,
minhas vontades,
minha realidade.
Mora em mim.
É de quem primeiro devo cuidar,
é por quem é certo se sacrificar,
é onde sempre irei morar.
Em mim está por quem anseio,
melhor,
mais forte,
pela vida a dentro.
Mora em mim.
É quem primeiro devo amar,
amar muito,
sempre,
tanto,
tanto que possa dizer "não é para mim."
Mora em mim.
É quem acorda e dorme o mesmo sono,
quer o mesmo descanso,
sabe a trajetória,
a hora de ficar,
quando partir.
Mora em mim.
É quem mais precisa de cuidados,
de curativos,
de curas.
É quem nunca poderá enganar-se,
se esconder, mora em mim.
É em quem devo confiar,
acreditar,
me apaixonar.
Eu.
E para morar mais alguém, será preciso continuar a reforma...
um pensamento rápido,
uma conversa na hora do café...
Em mim está de quem preciso,
quem abriga meus sonhos,
minhas vontades,
minha realidade.
Mora em mim.
É de quem primeiro devo cuidar,
é por quem é certo se sacrificar,
é onde sempre irei morar.
Em mim está por quem anseio,
melhor,
mais forte,
pela vida a dentro.
Mora em mim.
É quem primeiro devo amar,
amar muito,
sempre,
tanto,
tanto que possa dizer "não é para mim."
Mora em mim.
É quem acorda e dorme o mesmo sono,
quer o mesmo descanso,
sabe a trajetória,
a hora de ficar,
quando partir.
Mora em mim.
É quem mais precisa de cuidados,
de curativos,
de curas.
É quem nunca poderá enganar-se,
se esconder, mora em mim.
É em quem devo confiar,
acreditar,
me apaixonar.
Eu.
E para morar mais alguém, será preciso continuar a reforma...
domingo, 1 de março de 2009
Sobre as águas
Tudo oscila,
e fica marejando minha existência.
Minha ausência,
contamina o pouco do que mantenho
da Sua presença.
Insistente essa zanga engaiolada
que fica na minha alma.
Não é coisa para deixar solta.
Revira-se,
pragueja,
inclemente,
inadequada,
se alimenta de mim, aos poucos.
Por ora está trancada.
Sou de águas agitadas,
sem calma,
sem beira,
sem chão.
E me lembro,
já perguntei antes:
"Quem é esse que acalma o mar?"
"Quem é esse que anda sobre as águas?"
...e me lembro:
sempre houve terra firme, bem próxima de mim.
e fica marejando minha existência.
Minha ausência,
contamina o pouco do que mantenho
da Sua presença.
Insistente essa zanga engaiolada
que fica na minha alma.
Não é coisa para deixar solta.
Revira-se,
pragueja,
inclemente,
inadequada,
se alimenta de mim, aos poucos.
Por ora está trancada.
Sou de águas agitadas,
sem calma,
sem beira,
sem chão.
E me lembro,
já perguntei antes:
"Quem é esse que acalma o mar?"
"Quem é esse que anda sobre as águas?"
...e me lembro:
sempre houve terra firme, bem próxima de mim.
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