Falo de coisas que todos sabem,
mas não sabem, que sabem.
Por isso, para os de olhos eclipsados,
passado o efeito,
acham meu verso miraculoso.
Me deleito, confesso.
Pareço fazer feitiço.
Falo outra vez, das coisas que todos sabem,
mas não acreditam que sabem.
Confesso estranheza.
Nada pode ser feito.
De indigência absoluta, são olhos que desistiram.
Não passa o efeito de finitude.
Não passa o efeito da privação,
é vida tirada aos poucos,
até cessar o existir.
Penosa trajetória, ter olhos sem trégua,
que não esperam mais a cura,
não sabem mais da fé.
Cegos ainda enxergando.
Falo de coisas que todos sabem,
mas não sabem que sei.
Falo de coisas que todos sabem,
mas não acreditam que acredito.
Minha fé vai além do que vejo,
é esquadrinhada,
existe apesar das dúvidas.
Falo porque tudo pode ser dito,
porque tenho olhos sobreviventes,
porque meu fim é a vida e não a morte.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.