não desmanchar os nós feitos na rede.
Fui tirada de lá,
do meio das ondas maiores,
da tempestade,
dos dias piores.
Vou tentar,
respirar a brandura da memória,
lembrar da calmaria,
da compainha,
das caminhadas...
Tenho nós feitos de existência,
de dias,
de horas,
de lágrimas.
Ajuste divino,
uns apertados, outros eternos.
Nós que faço, não conservam a pesca.
Perco,
com qualquer onda que bate.
Vou tentar,
não remar em qualquer água,
nem sair noite a dentro,
procurando um destino.
Vou tentar descansar,
dormir no barco.
Viver na luz.
Vou tentar a pesca,
mas,
com a rede certa.