"Pra" mim não há cura, sofro de palavras, de todas que sei,
Padeço de escrever, o que sinto, o que vejo, o que penso.
Fui contaminada, das boas, das más, aprendo a doer por tudo o que digo.
Sem tratamento, meu fim será sempre um poema reparatório, ou outro de acusação, ou outro lamentando todos os poemas que não são meus.
Doença: inveja literária.
Quem sabe ainda curo alguém,
com as palavras que sei.
Não sei se fecho feridas, mas a cada palavra minha, em mim, abro outra dolorida.
Sem bálsamo algum vou morrer de palavras,
porque é delas que eu vivo.
"Pra" mim não há cura...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
de olhos bem abertos
...é cedo, ainda escuro lá fora, minha urgência é de realidade, sonhar nem sempre é bom, tem uns que remexem demais a terra da alma. Acordei assim, tateando a manhã, ainda me livrando dele (o sonho).
quinta-feira, 23 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Eu depois de anoitecer
Nesses contornos que me dou, refaço sempre o desenho que sou.
Sei-me algo inacabado, parte de mim não sai do rascunho, falta traço.
Quem me desenha não tem talento, vou sempre me retocando. Fico no escuro do quarto me tornando inofensiva, quieta. Inquieta nas vontades. Primeira nas vaidades, ainda maturando diante do espelho. Fico em cascas, sem culpa por nutrir raiva, mas sem querer viver nela. Eu mesma me carrego no colo, acreditando que sei o que faço. Fico ninando meu ego, certa de que o sono virá. Sono não é descanso, nem tudo está refeito ao despertar. Deixo de lado os contornos. O que penso sobre mim ainda carece retoques. Não via ainda quem não precise de borracha. Fico entre rir e chorar ambos me fazem bem. Vou passar. Há coisas que já não faço: encarar o sol sem protetor, estar na multidão, viagens sem conforto, madrugadas sem dormir, dietas insanas, não sair sem relógio,viver dando explicações, tentando falar quando não me ouvem, me desdobrando para ser vista. Não me interessam os belos discursos tão distantes da ação. Vou passar e me dedico em aprender mais sensibilidade do que o "tecniquês vazio" que nos é imposto. Me dedico ao direito de ter razão e discordar. Me dedico a querer ofertar flores, sem o rótulo da insanidade. Quero ter a sorte de encontrar boas parcerias por onde eu for, gente que queira a melhor parte de mim. Que minha trajetória seja feita de saudade desses seres raros que despertam a vontade de poetizar os dias e cumprir o dever. Quero muito, no meu quarto escuro, nas noites minhas, rasgar um sorrido só por saber que não é devaneio, mas é possível. Quero viver entre os sobreviventes*, esses sim, sabem povoar o coração com suas experiências e sabedoria... Primeiro o prazer, o prazer de estar lado a lado com quem sabe cumprir seu dever! E isto não é um belo discurso, passa a ser uma busca!
*sobreviventes: todos que pelo caminho, tentaram ser feliz!!!
Eu outra vez...
Abraço Drummond, li com a alma: "Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam...."
Em dias assim, transtornados, onde procuro o endereço da verdade, me apego ao sábio meditar dos poetas, que imagino terem recebido na vida todo tipo de rótulo. Quem já revelou um dia, uma pontinha de sensibilidade, já foi tachado de fraco. Quem já arriscou inovar em um universo de regras, levou a pecha de não ser sério. Quem já arriscou um passo que não deu certo, o viram despreparado... e quem está pronto?
Mas aprendo a ter calma, e se me calo, mais tarde eu falo. Que ninguém se engane!
Em dias assim, transtornados, onde procuro o endereço da verdade, me apego ao sábio meditar dos poetas, que imagino terem recebido na vida todo tipo de rótulo. Quem já revelou um dia, uma pontinha de sensibilidade, já foi tachado de fraco. Quem já arriscou inovar em um universo de regras, levou a pecha de não ser sério. Quem já arriscou um passo que não deu certo, o viram despreparado... e quem está pronto?
Mas aprendo a ter calma, e se me calo, mais tarde eu falo. Que ninguém se engane!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Coreografia
Confesso, testei.
Foi um erro pensar que seria fácil.
Nós desatados, nem sempre nos conserva inteiros.
Faltam pedaços e para ser de novo inteiros, fazemos remendos.
Nó outra vez feito.
Confesso, errei.
Foi um teste, arriscar
domesticar o medo,
ensinar doçura,
ir de alma sonâmbula,
acordar, sentindo o cheiro da anestesia.
Confesso, sou repetitiva,
sempre faço perguntas iguais,
meus porquês são obedientes,
a dúvida cabe na minha retina.
Confesso não faço o bem que desejo,
mas o mal faço.
E vou por desertos exagerados,
me distraindo em visões,
tropegos pés,
queda e mau gosto.
Confesso, sei que um dia fui eleita única,
não abandono minha impotência,
e vivo, por vezes, de coisas mal ensaiadas.
Posso sorrir mas não garanto brandura.
Confesso, tenho um dever, amar de forma justa,
mesmo que não faça sentido dividir o ar,
com tudo que é imponderável.
Sempre abrigo vendaváis em mim.
sempre vou acolhe-los,
sou inconfessável por fim.
Confesso minha sede de água viva.
Foi um erro pensar que seria fácil.
Nós desatados, nem sempre nos conserva inteiros.
Faltam pedaços e para ser de novo inteiros, fazemos remendos.
Nó outra vez feito.
Confesso, errei.
Foi um teste, arriscar
domesticar o medo,
ensinar doçura,
ir de alma sonâmbula,
acordar, sentindo o cheiro da anestesia.
Confesso, sou repetitiva,
sempre faço perguntas iguais,
meus porquês são obedientes,
a dúvida cabe na minha retina.
Confesso não faço o bem que desejo,
mas o mal faço.
E vou por desertos exagerados,
me distraindo em visões,
tropegos pés,
queda e mau gosto.
Confesso, sei que um dia fui eleita única,
não abandono minha impotência,
e vivo, por vezes, de coisas mal ensaiadas.
Posso sorrir mas não garanto brandura.
Confesso, tenho um dever, amar de forma justa,
mesmo que não faça sentido dividir o ar,
com tudo que é imponderável.
Sempre abrigo vendaváis em mim.
sempre vou acolhe-los,
sou inconfessável por fim.
Confesso minha sede de água viva.
terça-feira, 14 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Tinker Bell
... termino assim: queria dedos mágicos e um tanto de razão para que me coração fique calmo.
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