Tem horas que a gente inventa o que não existe, para não sofrer de realidade.
E vai por ai, de bem-me-quer em mal-me-quer se desfolhando,
A gente inventa um jeito de não morrer de solidão,
se faz em voz no mundo e proclama em desertos.
A gente inventa reinos,
e acredita em verdades alheias,
e cai em braços sonsos.
Tem horas que a gente inventa a realidade, para não descobrir-se forjado demais,
e vai por ai querendo um colo quente,
e braços que sempre nos esperaram,
proclamando verdades vivas,
as nossas.
Tranca a porta dos reinos,
e prefere ter casa para voltar,
e acaba de um jeito ou de outro,
aprendendo a cuidar das próprias feridas.
E fica forte para ter outras,
e aprende a deixar-se cuidar.
A gente sabe que precisa viver,
e vai hasteando o coração,
libertando a alma do mosto,
deixando as marcas do rosto,
entregues ao fluxo do tempo.
E que mal há em ter um tanto de ternura em meio a gente tão certeira?
História a gente inventa,
mas a nossa, a gente conta...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Feitos para a eternidade
É o fim da coragem,
o abatimento contagia tanto quanto o viço.
De olhos postos nas frestas,
pouca luz nas arestas, de fé esgotada,
vai-se na dança da covardia.
Devidamente abatido, os sentidos ficam sonsos,
e vive-se declamando roteiros,
e só.
Simplesmente seguindo,
indo assim meio às cegas,
de soluço em soluço, na teimosia insana da lágrima.
A vida pode ser mais...
Janelas abertas,
uma prece que peleja pela luz,
o rasgar da confiança na alma apagada.
A vida pode ser mais razoável,
com desprendimento,
cansaço não tem a ver com a vida,
viver não cansa.
Mentira que a morte é descanso, mesmo depois dela, a vida continua...
o abatimento contagia tanto quanto o viço.
De olhos postos nas frestas,
pouca luz nas arestas, de fé esgotada,
vai-se na dança da covardia.
Devidamente abatido, os sentidos ficam sonsos,
e vive-se declamando roteiros,
e só.
Simplesmente seguindo,
indo assim meio às cegas,
de soluço em soluço, na teimosia insana da lágrima.
A vida pode ser mais...
Janelas abertas,
uma prece que peleja pela luz,
o rasgar da confiança na alma apagada.
A vida pode ser mais razoável,
com desprendimento,
cansaço não tem a ver com a vida,
viver não cansa.
Mentira que a morte é descanso, mesmo depois dela, a vida continua...
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Meu lugar
Tanto nos quebra, nos trinca,
manter o coração sóbrio sem azedar a alma,
sem deixar de querer amigos e verdades, é quem sabe, obra divina.
Prezamos tanto por tradições,
e nessas correntes no perdemos tanto também.
De olhos postos em convenções,
nenhum vento poderá desmanchar nossos cabelos,
nossos castelos,
mas esse mesmo vento faz tempestade em nossos desertos!
E vamos em nossos atalhos, sem sentir mais o pulso da vida,
cortamos caminho,
para chegar mais rápido e nunca aprendemos por quais deles não queremos mais andar.
Voltamos por eles,
ainda sem saber por onde ir.
Nós, tão cheios de nós,
não toleramos o vazio,
nossa gesta é a solidão demagoga,
que ainda irá nos fazer acreditar que não precisamos do outro.
Nos damos por vencidos, quando aceitamos que as coisas são assim mesmo,
e vai-se a vida, num exorcismo de esperança.
Essa tal, da qual não se espera nada.
temos um oceano de vontades,
mas não sabemos nadar até terra firme...
Finitude é a matéria da qual somos feitos,
esfarela.
Nenhum grito pode atrair mais a atenção de Deus do que o silêncio de quem espera por um milagre.
Nascer outra vez,
para viver e morrer com esperança!
manter o coração sóbrio sem azedar a alma,
sem deixar de querer amigos e verdades, é quem sabe, obra divina.
Prezamos tanto por tradições,
e nessas correntes no perdemos tanto também.
De olhos postos em convenções,
nenhum vento poderá desmanchar nossos cabelos,
nossos castelos,
mas esse mesmo vento faz tempestade em nossos desertos!
E vamos em nossos atalhos, sem sentir mais o pulso da vida,
cortamos caminho,
para chegar mais rápido e nunca aprendemos por quais deles não queremos mais andar.
Voltamos por eles,
ainda sem saber por onde ir.
Nós, tão cheios de nós,
não toleramos o vazio,
nossa gesta é a solidão demagoga,
que ainda irá nos fazer acreditar que não precisamos do outro.
Nos damos por vencidos, quando aceitamos que as coisas são assim mesmo,
e vai-se a vida, num exorcismo de esperança.
Essa tal, da qual não se espera nada.
temos um oceano de vontades,
mas não sabemos nadar até terra firme...
Finitude é a matéria da qual somos feitos,
esfarela.
Nenhum grito pode atrair mais a atenção de Deus do que o silêncio de quem espera por um milagre.
Nascer outra vez,
para viver e morrer com esperança!
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Pequenos prazeres...
Minha paz tornou-se urgente,
toda gente deveria ser assim, em solitude seguir...
Hei de desaprender, para regeneração.
Hei de libertar a meninice que ainda me adoça.
Hei de me costurar por cada retalhação e farei em silêncio.
O que resta da minha história, é minha,
hei de ter a vida nas mãos,
ir por onde o vento me leva,
para onde o coração se enclina,
recuperando o viço,
convivendo com os anos,
devaniando o quanto me farte, sem a ninguém explicar nada.
Hei de encaixar o que ainda está solto,
terminar a construção,
começar outra,
com o cimento da vontade,
com a beleza da força,
com a leveza da simplicidade.
Hei de deixar bonita minha existência.
Hei de seguir habitável, enfeitada com verdade,
suprida de alma,
para que venham ou anjos,
ou demônios, e que desses eu me afaste.
Hei de viver com pequenos prazeres,
sabendo que conviver com príncipes,
não é o mesmo que ser amiga do Rei.
toda gente deveria ser assim, em solitude seguir...
Hei de desaprender, para regeneração.
Hei de libertar a meninice que ainda me adoça.
Hei de me costurar por cada retalhação e farei em silêncio.
O que resta da minha história, é minha,
hei de ter a vida nas mãos,
ir por onde o vento me leva,
para onde o coração se enclina,
recuperando o viço,
convivendo com os anos,
devaniando o quanto me farte, sem a ninguém explicar nada.
Hei de encaixar o que ainda está solto,
terminar a construção,
começar outra,
com o cimento da vontade,
com a beleza da força,
com a leveza da simplicidade.
Hei de deixar bonita minha existência.
Hei de seguir habitável, enfeitada com verdade,
suprida de alma,
para que venham ou anjos,
ou demônios, e que desses eu me afaste.
Hei de viver com pequenos prazeres,
sabendo que conviver com príncipes,
não é o mesmo que ser amiga do Rei.
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