Versos, sei que não morrem, só ficam por fazer.
Nestas gavetas há vários deles.
Pela metade, com uma única palavra, outros avessos.
Papéis rabiscados de tentativas.
Quando são terminados vira uma festa entre nós, poeta e verso.
Comemorações, perdão e registro.
Estabelecemos a paz do nascimento.
Pensando sobre os versos,ainda falta uma coisa...
Poesia e palavra, sem um leitor, morrem rápido.
A guerra começa.
Poeta que ama o verso,
Leitor que não os entende.
Rasgados por vezes, são feitos de dor e espera.
Leitor que não os entende.
Tirados da poeira, lavados e refeitos.
Leitor que não os entende.
Mesmo não tão perfeitos, filhos amados.
Pedaços de alguém.
Leitor que não os entende.
O poeta e seus versos são refens de todos os olhos.
Quem há de estabelecer o perdão agora?
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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