Das minhas paredes fiz um quarto,
do meu sono, poucos sonhos.
O meu teto é meu limite,
minha casa é alegre e é triste.
São as coisas que tenho, objetos e afetos.
São coisas que não funcionam,
mas estão lá, no canto, no alto, em gavetas.
São as coisas que aguardam quietas e imunes por outras coisas.
São "coleções" soberanas, cheias de histórias.
Atravessam cada nova jornada,
estão na bagagem, na paisagem, nas mãos.
Atravessam o tempo,
morremos e elas ficam, ainda, falando de nós.
São bem maiores do que são,
algumas nos fazem reféns,
outras são nossa memória,
outras não sei.
Objetos abrigam afetos e nunca sairão de onde estão.
São coisas que não funcionam, mas que precisamos tanto.
São as provas da nossa travessia.
Uma forma, incompreensível, de manter preso o "gênio na garrafa"...
* vai ver por isso guardamos tantos "cacarecos"... na tentativa de eternizar a história.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário