...nas mesmices do dia,
estancando as hemorragias sentimentais,
as avalanches das fragilidades,
disfarço a imagem de olhos que não dormiram.
Enfraqueço a solidão,
pedindo notícias,
misturando o medo da vida com alguma coisa doce.
Fico vendo horizontes,
vendo quem passa,
reparando na cores,
repassando a sensação feliz do vento quente no rosto,
do coração lavado,
rememorado.
Do que é simples,
gosto de uma bala,
do café,
de um bate-papo alinhavado.
De rir do que é engraçado,
de desejar uma casa grande,
uma sala grande,
uma alma grande.
Jardins e raízes.
Céu e teto.
e muitos registros do tempo que virá.
Fico "resonhando"...
Mas volto as mesmices do dia,
e preciso, chegar logo até a superfície, para respirar um pouco, mantendo fértil meu coração!
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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