Eu, nostalgicamente, pensando nos tempo oportunos...
Hoje, é o primeiro passeio da Ana Carolina com a escola, com a escola significa dizer sem mim ( a super mãe que penso ser, pois tem horas que até acho que posso voar!) de nada adiantam meus super poderes diante da independência dela.
Como eu, ela também se perde um pouco com isso, sem saber lidar com o crescimento, porque alterna em suas convicções, ora enche o peito e na ponta dos pés, sei lá, para parecer mais alta, diz: "já tenho 5 anos", ora se enfia no meu colo como se ainda tivesse 5 meses...
Controvérsia total.
Ora eu mesma, sabendo que preciso ensiná-la a dar seus próprios passos, carrego tudo no colo para evitar qualquer dor em seus pés ( metaforicamente claro!) Como já tive 5 anos, sei bem do que ainda virá pela frente até a escolha de uma profissão.
As fotos me assustam tanto, tenho umas 3x4 desde quando ela tinha 1 ano até os 4 anos, falta a carinha dos seus 5 anos ainda, e dos próximos que virão, anos ainda entregues a minha imaginação de mãe.
Sendo nós duas mulheres, por sorte minha, ou por sabedoria divina, posso entender suas pequenas vaidades, e tenho nela o prenúncio de uma longa amizade. Quero a Ana como amiga, isso é conquista que se faz, porque filha ela já é, não me escolheu como mãe.
Fico olhando o rostinho dela, procurando a mim mesma em seus traços, não acho, não faz mal...se eu puder entender o "avesso" dela, e se achar algo de mim ali, talvez esteja fazendo um bom trabalho.
Por dentro, na alma quero muito que sejamos iguais, pois o que tenho de bom, essencialmente, aprendi de Deus.
Ela é bonita, (adestrando minha "corujisse"), ela é bonita sim.
Tenho minhas limitações, que as vezes me arrancam noites de lágrimas, um choro cansado, misturado com sono, arrependimentos e por fim, o retorno da coragem.
Amanheço orgulhosa de mim, sensação que dura até a próxima noite de choro e vou me sustentando assim.
São as coisas da vida, passei de filha, a mãe. Ela, quem sabe, seguirá a mesma trajetória, repetindo as coisas exercendo a natureza das coisas, se assim for.
Até aqui, estamos indo bem, nós duas, entre "eu te amo mamãe" e o desamor instantâneo da disciplina, a parte mais difícil é essa, tentar tornar uma tela em branco em uma admirada obra de arte.
Com as "tintas" que tenho, com o amor que tenho, com inspiração divina.
Missão vai ver...
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
quarta-feira, 17 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
Chegou a manhã...a vida pela frente.
O dia pela frente.
O próximo bom-dia.
Um aperto no peito,
um gole de café puro,
uma porção de pensamentos.
Sapatos nos pés,
vestida para o trabalho.
Meu jeito denunciando
um lamento,
um certo descontentamento.
Parada em frente ao espelho,
para os últimos retoques,
olhando bem,
reparando,
sou fiel a rotina,
presa a regras,
mas vi que sou livre por dentro.
Escrevo o que sinto...
O dia pela frente.
O próximo bom-dia.
Um aperto no peito,
um gole de café puro,
uma porção de pensamentos.
Sapatos nos pés,
vestida para o trabalho.
Meu jeito denunciando
um lamento,
um certo descontentamento.
Parada em frente ao espelho,
para os últimos retoques,
olhando bem,
reparando,
sou fiel a rotina,
presa a regras,
mas vi que sou livre por dentro.
Escrevo o que sinto...
quinta-feira, 11 de março de 2010
Banco de Talentos
A FEBRABAN desde 1994, por meio de concurso promove e divulga trabalhos de artistas-bancários. Os selecionados, nas diversas categorias, tem seus trabalhos publicados em um livro chamado: Banco de Talentos. Em ciclos bienais são selecionados artistas de todo pais e de vários Bancos.
Em 2009, foi a vez dos artistas artesãos, escultores, músicos, escritores (contos) e poetas ! (categoria a qual pertenço!)
Me sinto feliz em ter meus poemas publicados nesse livro, para mim é gratificante estar entre os que fazem de sua arte uma voz na multidão!Recebi o livro hoje, ficou bonito! Parabéns a todos os selecionados no ano de 2009! Meus poemas publicados: Nascimento e Coreografia que podem ser lidos aqui no Blog!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Tardinha
Café com bolo,
final de sol,
tardinha.
Aguar as plantas, falar com elas.
Cultivar sementes,
mas já acreditar na raíz.
Um livro leve,
um suco feito com mais de 3 frutas,
um abraço depois do afastamento,
perdão.
Chorar para lavar por dentro,
sorrir para dizer bom-dia,
ouvir legitimamente.
Errar, fazer outra vez, errar outra vez,
refazer, mas continuar tendo valor.
Verdade, viver com ela.
Calar-se para ouvir a Deus.
Deixar-se moldar.
Sentir as dores,
viver o luto até o final,
sempre dar novos laços,
e novos passos.
Tantas outras coisas simples,
tão difíceis que são,
para quem anda inalcançavel.
final de sol,
tardinha.
Aguar as plantas, falar com elas.
Cultivar sementes,
mas já acreditar na raíz.
Um livro leve,
um suco feito com mais de 3 frutas,
um abraço depois do afastamento,
perdão.
Chorar para lavar por dentro,
sorrir para dizer bom-dia,
ouvir legitimamente.
Errar, fazer outra vez, errar outra vez,
refazer, mas continuar tendo valor.
Verdade, viver com ela.
Calar-se para ouvir a Deus.
Deixar-se moldar.
Sentir as dores,
viver o luto até o final,
sempre dar novos laços,
e novos passos.
Tantas outras coisas simples,
tão difíceis que são,
para quem anda inalcançavel.
sábado, 6 de março de 2010
Desalojada
No avesso, tento,
em tempo,
não ser desforme.
Conforme passa o tempo,
envelheço,
me conformo e me esqueço.
Tento, como tento,
conciliar o de fora com o de dentro,
ter a mesma forma,
independente,
de um dia cansado,
de um amor acabado,
de ouvir um não,
de não ter tanto talento,
de não conseguir acertar o alvo,
de não ser o esperado,
ainda tento.
Mais vale a beleza do avesso,
do que aquilo que se nota por fora.
Talvez haja pouco por fora,
mas valerá se houver muito por dentro.
Talvez diminuta me vejam,
por dentro sei, minha vida custou caro,
caríssimo!
Deve ser minha trajetória,
conviver com limites,
com retoques,
com o final da fila.
Pelos que decidiram quem sou,
não vale a pena mudar nada,
nem por fora,
nem por dentro.
Para os que ainda tem dúvidas,
ofereço tudo o que sou,
se puderem entender de avessos.
Mas quero, por fim, estar entre os que acreditam em mim.
em tempo,
não ser desforme.
Conforme passa o tempo,
envelheço,
me conformo e me esqueço.
Tento, como tento,
conciliar o de fora com o de dentro,
ter a mesma forma,
independente,
de um dia cansado,
de um amor acabado,
de ouvir um não,
de não ter tanto talento,
de não conseguir acertar o alvo,
de não ser o esperado,
ainda tento.
Mais vale a beleza do avesso,
do que aquilo que se nota por fora.
Talvez haja pouco por fora,
mas valerá se houver muito por dentro.
Talvez diminuta me vejam,
por dentro sei, minha vida custou caro,
caríssimo!
Deve ser minha trajetória,
conviver com limites,
com retoques,
com o final da fila.
Pelos que decidiram quem sou,
não vale a pena mudar nada,
nem por fora,
nem por dentro.
Para os que ainda tem dúvidas,
ofereço tudo o que sou,
se puderem entender de avessos.
Mas quero, por fim, estar entre os que acreditam em mim.
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