No avesso, tento,
em tempo,
não ser desforme.
Conforme passa o tempo,
envelheço,
me conformo e me esqueço.
Tento, como tento,
conciliar o de fora com o de dentro,
ter a mesma forma,
independente,
de um dia cansado,
de um amor acabado,
de ouvir um não,
de não ter tanto talento,
de não conseguir acertar o alvo,
de não ser o esperado,
ainda tento.
Mais vale a beleza do avesso,
do que aquilo que se nota por fora.
Talvez haja pouco por fora,
mas valerá se houver muito por dentro.
Talvez diminuta me vejam,
por dentro sei, minha vida custou caro,
caríssimo!
Deve ser minha trajetória,
conviver com limites,
com retoques,
com o final da fila.
Pelos que decidiram quem sou,
não vale a pena mudar nada,
nem por fora,
nem por dentro.
Para os que ainda tem dúvidas,
ofereço tudo o que sou,
se puderem entender de avessos.
Mas quero, por fim, estar entre os que acreditam em mim.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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