Por retratos antigos,
por amigos,
por amigos dos amigos.
Por flores de outros jardins,
por Querubins,
Serafins,
que de tanto olhar para o céu,
se apaixonam por nuvens.
Se apaixonam por conversas raras,
por detalhes,
pela cor dos olhos,
pelo impossível.
As pessoas se apaixonam pelo inesperado,
por coisas loucas,
por si mesmas quando se permitem,
quando ajudam e são ajudadas.
As pessoas se apaixonam pelo gosto do suco de laranja,
pela passagem do sol no final da tarde,
pela casinha amarela que fica no caminho de sempre.
Pelo toque do telefone,
pela hora do almço,
pelo aroma do café,
pelos rabiscos do outro num papelzinho qualquer.
Pelo som da voz,
pela cor da roupa.
Por maças,
Por sorriso.
Pelo jeito de chegar.
Por perfume.
Por canetas.
Por cadernos.
Por conchinhas do mar.
Se apaixonam pelo o que não querem se apaixonar.
Pessoas se apaixonam e ainda vão se apaixonar.
Pelas mesmas coisas de antes,
por coisas novas,
por livros,
por versos,
borboletas e por histórias e músicas.
Até irão se casar...
e depois se lamentar, e se apaoxinar outra vez.
Pessoas são assim "apaixonáveis",
apaixonantes,
e vão levar suas vidas em busca
do outro na paisagem e nas coisas...
até que tudo vire amor.
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