Nada mais calmo que ter nas mãos caneta e papel, neste final de tarde.
De versos vãos, da tinta, do branco, do nada,
vejo que as palavras se juntam a meu favor.
Nada se perde.
Fico séria.
Sinto o ar, como se o respirasse pela primeira vez. (Arde aqui dentro...)
Palavras para viver ou morrer.
O que tentam dizer?
Nada mais calmo do que saber que, rendida, não me preocupo em entender.
Fazer o melhor verso,
Ser inesquecível,
mensurável,
ter começo,
forma ou dimensão.
Minha palavra é desprendimento.
De mim,
dos outros,
daqueles olhares que "pisam" na gente.
Da sucessão.
Nada mais calmo que este poema sem intenção.
Silencioso e bom.
Nada combinado.
Sem ninguém para me socorrer dos meus desafetos.
Nada mais calmo que um final de tarde como todos os outros, só melhor.
Muito melhor, por causa desta certeza.
...Sou eu quem decide!
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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