'O meu primeiro amor e eu sentávamos numa pedraQue havia num terreno baldio entre as nossas casas.Falávamos de coisas bobas,Isto é, que a gente achava bobasComo qualquer troca de confidências entre crianças de cinco anos.Crianças...Parecia que entre um e outro nem havia ainda separação de sexosA não ser o azul imenso dos olhos dela,Olhos que eu não encontrava em ninguém mais,Nem no cachorro e no gato da casa,Que tinham apenas a mesma fidelidade sem compromissoE a mesma animal - ou celestial - inocência,Porque o azul dos olhos dela tornava mais azul o céu:Não, não importava as coisas bobas que diséssemos.Éramos um desejo de estar perto, tão pertoQue não havia ali apenas duas encantadas criaturasMas um único amor sentado sobre uma tosca pedra,Enquanto a gente grande passava, caçoava, ria-se, não sabiaQue eles levariam procurando uma coisa assim por toda a sua vida..."
Mário Quintana
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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