Das frestas
das minhas arestas,
ai que sem força,
sem jeito também.
Nem tem mais dever,
vai meu querer,
um instante na noite...
Da voz quase pouca,
tarefa que tenho,
viver heroína,
saber que não sou,
viver contamina,
a sã parte minha,
o modo que venho,
o que não tenho,
e como estou.
Me enclino,
confesso,
um dia eu regresso.
Soluço,
compasso da lágrima,
de ver,
e dever ao céu uma prece.
Que não me apresse,
a alma teimosa,
a ser redimida,
render-me a sofismas,
em nada indulgentes.
Que não me apresse
a mente inquieta,
discreta que seja,
por mais que esteja,
entre achar-se
ou perder-se.
Que não se esvaeça
o espírito por cumprir,
dias sem ânimo.
Clamo.
Peço.
Suplico.
Um momento na noite,
para Deus,
que nunca dorme.
Estes versos são frutos de um desejo "encubado". Pretendem ser poemas.São reflexos de pessoas que amam as palavras e que também me ensinaram a amá-las. Abro minhas gavetas, na tentativa de dividir o verbo e trazer á luz o que poderia "amarelar" com tempo. Tempo este que seguirá, independente de minhas escolhas. Escolhi então, repartir palavras e compartilhar a mim mesma.
Quem sou eu
- Eliana Holtz
- Obras publicadas em Antologias Poéticas: Obra:Desconstrução Antologia:Casa lembrada, Casa perdida-Editora AG. Obra: Conquista Antologia:Sentido Inverso-Editora Andross. Obras: Nó e Falta de ar Antologia: Palavras Veladas-Editora Andross. Obras: Lembrança, Intento e Flecha Livro: Banco de Talentos. Obra: Alegoria Conceioneiro para a Língua Portuguesa-Portugal: Se eu fosse lua, fazia uma noite e Os poemas: Entre nós e Medida, publicados na Antologia Poética da Câmara Brasileira de Jovens escritores-RJ Sou brasileira, natural de São Paulo, Capital. Formada em Letras, Pedagogia e Psicopedagogia. Participei de vários concursos literários internacionais e nacionais.
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